A lenda da loira do banheiro, amplamente difundida entre estudantes de todo o Brasil, tem origem em uma figura histórica real: Maria Augusta de Oliveira Borges, nascida em 1864 em Guaratinguetá (SP). A informação foi revelada ao portal IG pelo pesquisador Thiago de Souza, criador do canal “O Que Te Assombra”, especializado em cultura sobrenatural.
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Maria Augusta era filha de Francisco de Assis de Oliveira Borges, conhecido como Chico Pintor, político influente do Segundo Império. Aos 14 anos, foi obrigada a se casar com Francisco Antônio Dutra Rodrigues, professor de direito e governador de São Paulo. O casamento foi arranjado pelo Conde d’Eu, marido da princesa Isabel.
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Inconformada com a vida imposta, fugiu para a França levando joias da família. O escândalo abalou a sociedade da época. Após a morte do pai, ela retornou ao Brasil, oficializou o divórcio e voltou à Europa, onde morreu em 1891, vítima de raiva humana.
O corpo foi embalsamado e enviado ao Brasil, ficando exposto em uma redoma de vidro no antigo quarto da mansão da família. Segundo relatos, sons estranhos começaram a ser ouvidos, e algumas pessoas diziam que Maria Augusta batia no vidro e pedia água — um possível reflexo dos sintomas da raiva, como a hidrofobia.
Depois de um sonho da mãe, em que Maria Augusta pedia para ser enterrada, o sepultamento foi realizado no cemitério dos Passos. Anos depois, a mansão foi transformada em uma escola pública.
Segundo Thiago, foi nesse contexto que a lenda ganhou força. Dois alunos teriam entrado na sala onde o corpo ficou embalsamado e viram um piano tocar sozinho após o surgimento de uma luz. O caso gerou pânico e deu início aos boatos de aparições — que se espalharam pelo país, consolidando a figura da loira do banheiro como uma das principais lendas urbanas brasileiras.
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