Jovem é arranhado por gato, pega raiva humana e vai parar na UTI
O caso foi confirmado nesta terça-feira (5), no Distrito Federal, pela Secretaria de Saúde. Casos da doença em humanos não eram registrados desde 1978
Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline
Um jovem, com idade entre 15 e 19 anos, está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Distrito Federal, após contrair raiva humana. O caso foi confirmado nesta terça-feira (05) pela Secretaria de Saúde em uma entrevista coletiva. No evento, também foi anunciado a antecipação do início da Campanha de Vacinação Antirrábica para esta quarta-feira (06).
Conforme informações, o garoto foi arranhado no braço por um gato no dia 15 de junho, mas os sintomas foram aparecer apenas uma semana depois. O adolescente começou a sentir muitas dores no corpo, nas articulações e dor nos olhos. Para preservar o jovem e sua família, a Secretaria de Saúde do DF não deu muitas informações sobre o caso, como sua identidade e idade.
Fabiano Martins, o diretor de Vigilância Epidemiológica da secretaria, recomendou que a pessoa que sofreu algum arranhão de algum animal, como gato ou cachorro, procure ajuda médica. "Existem dois tratamentos: o tratamento com soro e tratamento com vacina. O tratamento com a vacina é profilático, mas a proteção que a vacina vai promover para a pessoa que se expôs ao risco demora um tempo maior. O soro é uma proteção natural, então vai inibir qualquer infecção imediata. Quem tem condições de avaliar se a pessoa vai tomar o soro ou a vacina é o profissional da saúde", explicou o diretor.
O epidemiologista também alertou que não é necessário ter pânico, pois a raiva é uma doença capaz de prevenção. "O simples ato de lavar a lesão com água e sabão a partir do incidente, é capaz de diminuir as chances e possibilidades de haver contaminação da lesão. Claro que essa medida isolada não resolve, mas se a pessoa não faz isso em casa, quando ela vai ao hospital o primeiro procedimento a ser tomado é lavar o local".
Quanto ao animal, Martins afirmou que o paradeiro dele é desconhecido. O diretor-substituto de Vigilância Ambiental, Lauricio Monteiro Cruz, chamou a atenção para que não se mate o animal em caso de agressão, sendo necessário procurar imediatamente uma unidade de saúde para apurar o ocorrido.
O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordeduras e, eventualmente, pela arranhadura e lambedura de mucosas ou pele lesionada, de acordo com a SES.
Vacinação Antirrábica
A Secretaria de Saúde alertou à população para a antecipação da Campanha de Vacinação Antirrábica a partir desta quarta-feira (06). A medida preventiva foi necessária por causa da confirmação do caso de raiva humana.
O Distrito Federal não registrava casos da doença em humanos desde 1978, segundo a Secretaria da Saúde. O último caso diagnosticado de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, no ano de 2001. O vírus rábico circula no DF em quirópteros, nos bovinos, equídeos e outros animais.
Vacinação em cães e gatos
O Ministério da Saúde conta com o PNPR (Programa Nacional de Profilaxia da Raiva) desde 1973, para manter, no curto prazo, uma parcela de cães e gatos imunes ao vírus. É estimado que a população de cães e gatos em todo o Distrito Federal seja de 345.033, dos quais 308.419 são cães e 36.613, gatos. A expectativa é vacinar pelo menos 80% da população animal, segundo a SES.
Fonte: Informações do UOL.
Últimas em Cotidiano
Mais lidas no TNOnline
Últimas do TNOnline