Jovem acha pai perdido há 20 anos em mercado de Londres

Uma falha em um sistema de postagens resultou em um reencontro improvável na última segunda-feira (24), em Londres. Oliver, um educador físico de 21 anos, encontrou por acaso o pai, que não via há duas décadas, na fila de um minimercado. O jovem foi ao local despachar encomendas pessoalmente após não conseguir fazê-lo online, decisão que mudou sua vida.

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O educador físico, que foi criado apenas pela mãe na capital inglesa, cedeu seu lugar na fila a um homem. Nesse momento, ouviu o desconhecido falando ao telefone em turco. Ao perceber que o homem tinha o mesmo primeiro nome de seu pai — uma das poucas informações que possuía —, Oliver decidiu abordá-lo na saída do estabelecimento.

Do lado de fora, o jovem explicou a situação com cautela e disparou: “Desculpa toda a pressão... acho que sou seu filho”. A reação foi tranquila. O homem confirmou detalhes precisos, como o nome da mãe de Oliver, o endereço da antiga rua onde moravam e mencionou parentes que o jovem desconhecia, tornando a paternidade inegável.

"Não peça desculpas. Estou muito feliz que você tenha me parado", respondeu o pai.

Oliver passou parte da adolescência vasculhando a internet atrás do pai. Ele dispunha de poucos dados: o primeiro nome, a altura, a origem (Istambul) e a referência de que ele era uma "pessoa boa".

Coincidentemente, o pai havia retornado da Turquia depois de 18 anos e morado em diversas cidades da Inglaterra antes de se estabelecer novamente em Londres, o que viabilizou o cruzamento de caminhos.

Dias após o encontro no mercado, pai e filho marcaram uma conversa. Em entrevista à TV Globo Londres, o homem relatou que sabia da existência do filho, mas não conseguiu manter contato ao longo dos anos. A semelhança física e a história contada por Oliver eliminaram quaisquer dúvidas.

Para o jovem, o momento é de reconstrução, e não de julgamento. "Não queria abrir espaço para ressentimentos ou cobranças. Queria olhar para aquele homem com empatia e entender seus motivos antes de pensar nos anos de ausência”, concluiu Oliver.