Invasão de macacos obriga moradores a abandonarem casas em SC

A rotina dos moradores do bairro Ubatuba, em São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina, foi alterada pela invasão frequente de grupos de macacos-pregos. A situação tornou-se insustentável a ponto de inquilinos romperem contratos de aluguel e abandonarem os imóveis para fugir dos prejuízos financeiros e da insegurança.

Segundo relatos da comunidade, os animais invadem as residências em bandos de até dez indivíduos. Eles removem telhas para entrar nos forros, destroem móveis, danificam eletrodomésticos e inutilizam compras de supermercado inteiras em busca de comida.

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Maristela Kempfer, moradora da região, descreve o cenário como de "calamidade pública". A população local afirma viver aprisionada, mantendo portas e janelas trancadas mesmo durante o verão.

"Estamos aprisionados dentro de casa (...) É questão de minutos. Não dá para deixar janela nem porta aberta, é desesperador. Moradores que estão no aluguel estão se mudando sem vencer contrato, ninguém aguenta mais", relata Maristela.

Além do transtorno diário, o impacto financeiro é pesado, com gastos constantes para reparar telhados e forros. Em busca de uma solução, a comunidade organizou um abaixo-assinado com 128 assinaturas, que já foi protocolado junto à prefeitura.

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Posicionamento das autoridades

A Prefeitura de São Francisco do Sul informou, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que as invasões são reflexo da redução do habitat natural e da escassez de alimentos na mata. O município afirma manter ações de monitoramento da fauna.

A administração municipal alerta que é crime ambiental molestar ou tentar domesticar os animais e reforça que a população não deve alimentá-los.

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Como proceder

A prefeitura orienta os moradores sobre quem acionar em casos específicos:

• Instituto do Meio Ambiente (IMA): Para animais feridos, doentes, filhotes sem os pais ou fora de seu habitat. O atendimento visa avaliação e encaminhamento ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas)
• Contato: WhatsApp (48) 98808-3372 (Segunda a sexta, 13h às 17h, apenas mensagens de texto)
• Polícia Militar Ambiental: Para situações de urgência
• Contato: 190 ou (47) 3481-2121 (Atendimento 24 horas)