IML divulga causa da morte de jovem atacado por leoa em João Pessoa
Laudo aponta choque hemorrágico após mordida no pescoço; jovem havia invadido o recinto da leoa.
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O IML (Instituto Médico Legal) de João Pessoa divulgou, na tarde desta segunda-feira (1º), a causa da morte de Gerson de Melo Machado, de 19 anos, atacado por uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Almeida, na manhã de domingo (30).
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De acordo com o Instituto, o jovem morreu em decorrência de choque hemorrágico provocado pelo perfuramento de vasos cervicais, incluindo artérias e veias do pescoço. A lesão foi provavelmente causada pela mordida do animal.
O IML informou ainda que foram solicitados um exame toxicológico complementar e um procedimento de identificação técnica, necessários antes da liberação do corpo aos familiares.
Ataque foi comportamento natural, diz bióloga
Nas redes sociais, a bióloga Marília Maia, responsável pelos cuidados da leoa, publicou um vídeo ao lado da direção do parque explicando que o ataque ocorreu por “comportamento natural da espécie”. Ela afirmou que o animal não se alimentou da vítima e que se afastou após o incidente.
Vídeos gravados por visitantes mostram o momento em que Gerson desce por uma árvore já dentro do cercado e é atacado nas pernas e no pescoço pela leoa.
Jovem teria invadido o recinto deliberadamente
A administração municipal confirmou que o jovem entrou no recinto de forma deliberada, escalando uma estrutura de mais de seis metros de altura, ultrapassando grades de segurança e usando uma árvore para acessar o espaço da leoa.
Após o ataque, o parque foi fechado para remoção do corpo e início das investigações, conduzidas pela Semam (Secretaria Municipal de Meio Ambiente).
Em nota oficial, o parque informou que a Bica permanecerá fechada “até a conclusão das investigações e dos procedimentos oficiais, prezando pela transparência e pela segurança de visitantes, colaboradores e animais”.
Histórico da vítima
Gerson era conhecido como “Vaqueirinho de Mangabeira” e, segundo registros, possuía transtornos mentais. Desde a adolescência, acumulava 16 ocorrências policiais, sendo dez delas quando ainda era menor de idade.
Ele havia sido detido dez vezes e estava em liberdade desde a última sexta-feira (28). A conselheira tutelar Verônica Oliveira, que o acompanhou durante anos, relatou que ele chegou a ser encaminhado ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), mas fugiu do atendimento.
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