O britânico Costa Fantis, de 57 anos, descobriu um tumor cerebral de um jeito tanto quanto inesperado. Diferente de muitas pessoas que sentem dores de cabeça ou perda de memória ele teve um sintoma que pode ser facilmente ignorado.
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Fantis começou a perceber um cheiro estranho de caramelo, que surgia repentinamente e desaparecia em poucos segundos. Depois de uma investigação com exames e uma biópsia, ele recebeu o dia diagnóstico de um glioblastoma em estágio 4, a forma mais agressiva de câncer cerebral.
Em Stoke-on-Trent, na Inglaterra, Costa administrava uma loja de salgadinhos e levava uma vida ativa. O único sintoma antes do diagnóstico foi a alteração incomum no olfato.
“A vida de todos nós virou de cabeça para baixo. Não demos muita importância no começo. Era só um cheiro doce que ele sentia de vez em quando”, conta Antonio Fantis, de 27 anos, filho de Costa, em entrevista ao The Mirror.
Tumor cerebral inoperável muda rotina de homem saudável
Os sintomas pareciam inofensivos: episódios rápidos e esporádicos, que ocorriam cerca de uma vez por mês e duravam apenas alguns segundos. A princípio, a família acreditava que poderiam estar ligados a um antigo quadro de epilepsia. “Ele não sentia mais nada. Era saudável, ativo, em plena forma física. O diagnóstico foi um baque para todos nós”, conta Antonio.
O único sinal recorrente era um cheiro estranho e difícil de descrever. Hoje, os familiares acreditam que se tratava de pequenas convulsões olfativas. Só depois de muita insistência por exames mais aprofundados veio a confirmação: um tumor no cérebro, sem possibilidade de cirurgia.
Poucas opções e esperança fora do país
Logo após o diagnóstico, Costa iniciou o tratamento padrão oferecido pelo sistema público de saúde britânico (NHS), com sessões de radioterapia e quimioterapia. No entanto, as opções oferecidas para tratar o glioblastoma ainda são muito limitadas.
“O tratamento para esse tipo de câncer praticamente não evoluiu nos últimos 20 anos. Ouvir dos médicos que o mais indicado é viver o melhor possível com o tempo que resta é devastador”, diz Antonio.
Diante da falta de alternativas no Reino Unido, a família decidiu procurar opções em outros países. Entre os tratamentos estudados estão vacinas personalizadas na Alemanha, uma terapia experimental de oncotermia em Londres e programas de imunoterapia na cidade alemã de Colônia.
Os custos, no entanto, são elevados: cerca de 464 mil libras, o equivalente a mais de R$ 3,4 milhões. Uma campanha de arrecadação organizada por familiares e amigos já conseguiu angariar mais da metade do valor necessário.
Respostas positivas e apoio da comunidade
Costa já concluiu as primeiras sessões de rádio e quimioterapia e, segundo os familiares, tem respondido bem até agora. A próxima etapa será em Munique, na Alemanha, onde ele deve iniciar a aplicação da vacina DC já na próxima semana.
“Ele sempre esteve pronto para ajudar os outros, e agora estamos vendo essa solidariedade voltar. A comunidade tem sido fantástica. Ele tem netos, foi técnico de futebol e rúgbi, sempre presente na vida das pessoas. É um guerreiro e vai enfrentar essa doença com a mesma força com que enfrentou todos os desafios da vida”, conclui Antonio.
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