Faz tempo que a harmonização facial virou a queridinha para rejuvenescer e realçar a beleza do rosto. A técnica está em alta, inclusive entre famosos, que se submetem ao procedimento estético que promete alinhar e corrigir os ângulos da face. Para criar essa "harmonia" na aparência, especialistas costumam fazer preenchimentos na região da boca, das bochechas e da mandíbula. Antes, o especialista faz uma análise das proporções faciais, tanto verticais quanto horizontais, indicando as áreas que estão em desarmonia e que, a partir do procedimento, irão deixar o rosto mais equilibrado e mais proporcional.
O procedimento é feito por meio da aplicação de produtos no rosto do paciente. Entre as técnicas mais comuns estão a aplicação de ácido hialurônico e botox. Para fazer o procedimento, é necessário procurar um profissional especialista na área, como um dermatologista. Normalmente, o paciente irá passar por uma consulta, e o especialista irá definir o tratamento mais viável para atender o desejo do cliente.
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Riscos da harmonização facial com PMMA
Recentemente, uma influenciadora digital de 35 anos relatou em suas redes sociais que perdeu o lábio após realizar uma aplicação do produto químico PMMA (Polimetilmetacrilato) em um procedimento estético. Ela passou por diversas cirurgias e teve que remover o lábio superior e o buço para tirar a substância do corpo.
O cirurgião plástico Dr. Regis Milani, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esclarece que esse tipo de procedimento com essa substância não é recomendado. Segundo ele, é proibido pelo código de ética médica e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No entanto, há muitos profissionais que realizam.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica alerta que a harmonização facial deve ser realizada por profissional habilitado e especialista em cirurgia plástica ou dermatologia. Para o presidente da SBCP-SP, dr. José Octavio Gonçalves de Freitas, todas as cirurgias plásticas estéticas ou reparadoras e também os procedimentos estéticos devem ser realizados por profissional habilitado e especialista, em local adequado, incluindo todos os protocolos de segurança para médico, paciente e equipe de enfermagem.
Há também casos de pessoas não habilitadas que oferecem aos pacientes rápidas e duvidosas promessas de melhora da estética facial (nos lábios, nariz, queixo e mandíbula) com produtos não aprovados pela ANVISA e/ou, que não são recomendados pela SBCP para a região da face. ‟É preciso muita atenção na escolha do profissional, recomendamos verificar no site cirurgiaplastica.org.br, se o nome escolhido consta como médico credenciado”, ressalta o presidente José Octavio G de Freitas.
Toxina botulínica vs Ácido hialurônico: qual é melhor
O preenchimento com ácido hialurônico repõe o volume perdido em determinadas áreas do rosto e melhora o contorno da face, diminuindo a flacidez. A molécula do ácido hialurônico é altamente higroscópica, ou seja, é um ótimo tratamento para hidratar os tecidos e a pele. Além disso, o ácido tem proteção ultravioleta, estimula o colágeno e é reversível. Então, se você fez o procedimento e não gostou do resultado, pode desfazer.
Esse é um material muito seguro para realizar esse tratamento, porque ele já está presente no organismo, e é usado principalmente para tratar de questões de beleza, como: amenizar o aparecimento de sulcos faciais; melhorar o contorno da face; aumentar o volume labial.
Já a toxina botulínica age na paralisação do músculo, ou seja, evita o movimento e impede a contração muscular responsável por formar as rugas dinâmicas, que são aquelas que acontecem por causa das expressões faciais, como sorrir, contrair a testa e até comer.
De uma forma mais técnica, é uma neurotoxina que é aplicada no músculo com o objetivo de reduzir a contração muscular e a formação de um número menor de rugas. Entre os sinais faciais que podem ser tratados, podemos destacar: pés de galinha; rugas na glabela (aquele espaço entre as sobrancelhas) e a testa; expressões dos lábios. Ou seja, essas duas substâncias são indicadas para problemas diferentes.
Harmonização facial dói?
Mesmo levando em consideração que algumas pessoas são mais sensíveis que outras, o único incomodo relatado pela maioria dos adeptos é durante a injeção. Os profissionais, entretanto, usam anestésico, o que pode tornar o procedimento praticamente indolor. Geralmente, a recuperação é bem tranquila. Principalmente quando o paciente respeita bem as orientações pós-tratamento. Por não ser um procedimento tão invasivo, a recuperação é mais fácil com um leve inchaço que dura poucos dias.
Quais são os cuidados para fazer a harmonização facial?
Os especialistas elencam alguns cuidados que os pacientes precisam ter antes e depois do procedimento: é indicado que o paciente tenha uma alimentação mais leve; depois da aplicação, é necessário usar protetor solar; em alguns casos, medicações também são indicadas; o paciente também deve evitar fazer atividades físicas no dia do procedimento; dor forte e inchaço excessivo não são normais, no entanto, hematomas podem ficar na pele de cinco a seis dias.
Quanto tempo duram os efeitos da harmonização facial?
A toxina botulínica, por exemplo, dura entre 4 a 6 meses. Para homens, é considerado um tempo de até quatro meses, já que eles possuem a musculatura maior e mais forte que as mulheres (na maioria dos casos).
Já o preenchimento facial, em regiões como maçãs do rosto, mandíbula, lábios, olheiras e sulcos, é necessário repetir o procedimento depois de 12 meses para manter os seus efeitos.
Além disso, também é importante seguir direitinho as indicações e recomendações do profissional que fez o seu procedimento, assim, ele vai durar mais.
Claro, tudo isso vai depender do organismo de cada um. É exatamente por isso que temos um tempo médio de duração dos efeitos… e não podemos esquecer de sempre manter os cuidados com a nossa pele, mantê-la hidratada, usar filtro solar, beber bastante água e por aí vai, isso ajuda a manter toda a sua saúde e beleza em dia!
Contraindicações
O procedimento é contraindicado em caso de gravidez, lactação, doenças autoimunes, imunodepressão e alergia aos componentes da injeção.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Dra Luciana Pepino
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