“Gripe K”: nova variante da influenza preocupa e OMS alerta para 2026
Autoridades de saúde monitoram aumento de casos impulsionados por nova ramificação do vírus H3N2
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Uma nova variação do vírus da gripe, o influenza A (H3N2), entrou no radar das autoridades globais de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Apelidada popularmente de “Gripe K” (referência ao subclado genético K ou J.2.4.1), a variante tem se espalhado rapidamente, mas especialistas tranquilizam: não se trata de uma nova doença.
A principal característica observada até agora não é uma maior letalidade, mas sim a capacidade de prolongar as temporadas de gripe. O alerta surgiu após a Austrália e a Nova Zelândia registrarem surtos que se estenderam por mais tempo que o habitual em 2025, invadindo a primavera e o início do verão.
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Embora ainda não haja registros confirmados de circulação massiva na América do Sul, a chegada da variante ao Brasil é considerada provável devido ao fluxo internacional de viajantes.
O que muda na prática?
Para a população geral, a "Gripe K" se manifesta exatamente como a gripe comum. Não há, até o momento, evidências de que essa variante cause sintomas diferentes ou quadros mais graves.
Os sintomas continuam sendo:
- Febre alta
- Dor no corpo e dor de cabeça
- Cansaço e mal-estar
- Tosse e dor de garganta
Segundo Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), "não há nenhum sintoma diferente ou característico desse subclado". A percepção de uma gripe mais forte por parte de alguns pacientes deve-se à variabilidade individual do sistema imunológico, e não a uma agressividade maior do vírus.
Vacinas e tratamento continuam eficazes
A principal arma contra a nova variante continua sendo a prevenção e o diagnóstico rápido.
Vacinação: Mesmo que a eficácia da vacina possa variar contra novas mutações, ela segue fundamental para evitar casos graves e hospitalizações, com efetividade estimada entre 70% e 75% em crianças e adolescentes, segundo dados preliminares.
Antivirais: Medicamentos como o oseltamivir continuam eficazes contra o subclado K, especialmente se administrados nas primeiras 48 a 72 horas de sintomas.
Testes Rápidos: Ajudam no diagnóstico precoce, permitindo o início imediato do tratamento.
Grupos de risco
A atenção deve ser redobrada para os grupos que historicamente sofrem mais com a influenza, independentemente da variante. Cerca de 75% dos óbitos pela doença ocorrem entre:
- Idosos
- Crianças pequenas
- Gestantes
- Pessoas com doenças crônicas ou imunocomprometidas
Para esses grupos, a recomendação médica é buscar atendimento logo no início dos sintomas, caso haja febre persistente ou falta de ar.
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O que diz a OMS
Em nota, a OMS classificou a disseminação da linhagem K como uma "evolução notável" do vírus, típica da natureza mutável da influenza. A entidade não recomenda restrições de viagens ou comércio, mas pede que os países fortaleçam a vigilância epidemiológica e as campanhas de vacinação para não sobrecarregar os sistemas de saúde.
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