Elmi Caetano Evangelista de 73 anos, acusado de ajudar na fuga de Lázaro Barbosa, foi solto pela Justiça na noite de sexta-feira (16). Lázaro foi morto em confronto com a política de Goiás, no dia 28 de junho, após 20 dias sendo caçado por centenas de policiais.
Na decisão, a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira entendeu não haver perigo na soltura do fazendeiro.
“O réu está preso preventivamente desde 25 de junho de 2021, por força de decisão proferida por este juízo na audiência de custódia, porquanto, naquela oportunidade, vislumbrou-se a necessidade de garantir a ordem pública, em razão da gravidade concreta dos fatos em tese praticados. No entanto, no presente momento, tenho que não persiste o perigo gerado pelo estado de liberdade”, disse ao Yahoo Notícias.
“Como bem ponderou a defesa, finda a investigação, foi constatada a inaptidão das armas de fogo apreendidas (fls. 230/238 do processo principal). Ademais, houve a captura e morte de Lázaro Barbosa de Sousa, situação que elidiu a preocupação de outrora quanto à realização de novos atos de colaboração de Elmi com aquele criminoso e, portanto, o risco de sua liberdade à ordem pública”, argumentou a magistrada.
A juíza também declarou que, em relação à suspeita de que as armas e as munições seriam objeto também de receptação, mencionada no parecer do Ministério Público, “a mera probabilidade, desacompanhada da demonstração dos indícios de autoria, não é suficiente para respaldar, no bojo da ação penal em tela, o prolongamento da medida extrema da segregação cautelar”.
“Sem prejuízo, é claro, da possibilidade de nova decretação, em sendo trazidos novos elementos de informação”, destacou.
“Assim, com a devida vênia ao órgão ministerial e sem menosprezar a alta reprovabilidade dos fatos imputados ao denunciado, forçoso reconhecer que a prisão deve ser substituída por medida mais branda, especialmente por se tratar de réu idoso, com residência fixa, ocupação lícita e sem outras passagens pela seara criminal. Ainda há nos autos documentos que indicam certa fragilidade na saúde de Elmi, o que deve ser sopesado, considerando que ainda persiste a pandemia do coronavírus”, pontuou a juíza Luciana Oliveira.
Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, há uma organização criminosa por trás da fuga de Lázaro. O empresário Elmi Caetano Evangelista foi apontado pelo secretário de Segurança Pública como "líder da organização criminosa". A polícia investiga se o objetivo do fazendeiro era "especulação imobiliária", com a desvalorização de fazendas vizinhas para a posterior compra.
Há a hipótese ainda de que o assassino trabalhava como "jagunço" ou "segurança" de fazendeiros da região.
Com informações do Yahoo Notícias.
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