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'Faria de novo', diz PM baleado no pescoço durante ação em Paraisópolis

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O cabo da Polícia Militar Johannes Kennedy Santana, de 34 anos, baleado no pescoço após perseguir um suspeito de roubo em Paraisópolis (zona sul de SP), na última quinta-feira, dia 7, teve alta hospitalar e está em recuperação em casa, sem nenhuma sequela.

"Quando o disparo me atingiu, não tinha consciência de que era disparo ou pedra, porque estavam jogando várias pedras. Só senti o corpo desabar, e a mão não estava obedecendo. Aí, consegui chamar o apoio. A sensação é horrível", relembrou em entrevista à TV Globo.

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Ele descobriu que havia sido alvo de um tiro ao perguntar para uma mulher, enquanto buscava socorro. "O pescoço teve entrada e saída (da bala), e no caminho acabou fraturando uma vértebra. Agora, é repouso somente e medicação. Tratamento em casa. Foi por pouco", diz, aliviado.

Santana contou que, em dez anos de corporação, nunca havia sido baleado. Mas conta que "faria de novo": "A gente gosta do que faz e faz para ajudar as pessoas."

Santana estava em patrulhamento quando o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) informou que três motociclistas estavam cometendo vários roubos na área da Chácara Santo Antônio. Ele e o parceiro, da equipe da Rocam (programa de policiamento com motocicletas), foram ao local, onde os suspeitos já estavam sendo perseguidos por uma viatura.

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"Nesse momento avistamos o acompanhamento (perseguição) e passamos a integrar. Aí, em dado momento, um deles (um dos suspeitos) veio de encontro com a minha equipe e colidiu na motocicleta do meu parceiro, que caiu e teve danos. O indivíduo, então, passou em locais que só motocicletas passariam e fui atrás. Até que ele chegou à comunidade de Paraisópolis e continuei", contou Santana.

"Ao acessar a comunidade, eu sofri um disparo de arma de fogo. O indivíduo jogou a bag e começou a tentar me despistar. Não conseguiu. Depois, ele continuou a fuga a pé. Continuei acompanhando com a moto, quando ele cansou. Tombei a moto e fiz a detenção", relata.

O PM contou que fez uma vistoria preliminar no suspeito e não encontrou armas. "Eu não vi a arma de fogo. Fiz uma busca preliminar rápida na linha da cintura e não havia armamento. Depois, chegou um rapaz que tentou resgatar o indivíduo, e as pessoas passaram a tacar pedra em mim. Se eu soubesse que ele estava armado, conseguiria me defender e não teria sido vitimado como fui."

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O PM contou que, ao levar o tiro, "o corpo desmontou, mas ficou consciente". "Eu me lembro do indivíduo pegando a arma e correndo. O que mais impressionou foi o pessoal da comunidade. Eu estava ali para fazer o meu serviço. Sabia que o indivíduo estava praticando roubo, não fui para agredir ninguém. As pessoas passaram como se eu fosse um pedaço de carne no chão", afirmou.

"No resgate, eu pensei: E agora? Como vai ficar? Depois de ver que ficou tudo bem, percebi que foi (como) ver a mão de Deus. Deus é maravilhoso e sou muito grato. O médico falou que a explicação seria Deus. Porque, se o projétil tivesse atravessado (por outro caminho), teria atingido a medula e eu perderia os movimentos. Falaram que fui abençoado", contou.

Suspeito integra quadrilha que matou delegado

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O homem que atingiu o pescoço do policial militar foi identificado pela Polícia Civil como membro da quadrilha que atirou e matou um delegado em janeiro. A ligação foi feita por policiais do 89° Distrito Policial (Morumbi), a partir da análise de vídeos que flagraram a ação da semana passada.

O autor do disparo segue foragido. A Polícia Militar afirma estar com o policiamento reforçado e realizando buscas na região.

No sábado, 9, a polícia prendeu Gabriel Vieira dos Santos, também envolvido no roubo seguido de tentativa de homicídio do policial militar. Ele atacou o policial e levou sua pistola, após outra pessoa ter feito disparo.

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