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Estudo mostra que alterações climáticas podem gerar superdoenças

As mudanças climáticas tornam as bactérias resistentes e diminuem o efeito dos medicamentos no corpo humano

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Estudo mostra que alterações climáticas podem gerar superdoenças
AutorA pesquisadora à frente do projeto diz que o futuro pode ser assustador - Foto: Foto ilustrativa/Pixabay

Um estudo científico divulgado na revista Nature aponta que as alterações climáticas devem impactar diretamente a vida humana. Isso porque as mudanças podem ajudar na formação de superdoenças, deixar bactérias resistentes e diminuir o efeito de medicamentos no corpo.

A hipótese veio à tona após um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2022, mostrar que em 2020 as infecções no sangue humano causadas pelas bactérias Neisseria gonorrhea, Escherichia coli e Salmonella resistentes a antibióticos se tornaram pelo menos 15% mais comuns do que em 2017.

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A pesquisadora que esteve à frente do projeto, a bióloga evolucionista da Universidade da Califórnia, nos EUA, Pamela Yeh, afirma que o futuro pode ser assustador. “Estamos caminhando em direção a um mundo onde arranhar o joelho, dar à luz ou fazer um simples procedimento cirúrgico pode matar você. É incrivelmente assustador”, disse.

De acordo com a cientista, o principal problema é que os antibióticos são frequentemente utilizados em excesso ou mal utilizados para combater infecções em pessoas, outros animais e plantas.

- LEIA MAIS: Vacinação contra dengue vai priorizar faixa etária de 6 a 16 anos

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Além disso, existe a tendência dos micro-organismos adquirirem resistência a medicamentos por meio de mutações no DNA. A parede celular bacteriana sofreria uma alteração, que os antibióticos não a afetaria, dando a capacidade de decompor os defensivos ou bombeá-los para fora das células.

Assim, as cepas que se tornam resistentes também podem compartilhar genes de resistência a antibióticos com outras bactérias.

“Se forem administrados antibióticos errados para tratar infecções, ou se os medicamentos certos forem tomados em doses insuficientes para matar os microrganismos, então os micróbios terão mais tempo para se multiplicarem e evoluírem ou espalharem resistência”, explica o estudo.

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E as mudanças climáticas?

Segundo Mayara Floss, médica de família e comunidade, membro do grupo de Saúde Planetária da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e do Instituto de Estudos Avançados da USP (Universidade de São Paulo), as mudanças climáticas sempre irão interferir em nossa saúde.

“As mudanças climáticas são a questão mais definidora de saúde deste século. Nesse sentido, estudos demonstraram a possibilidade de cruzamento entre a resistência bacteriana e o aquecimento do planeta. Especialmente porque o aumento da temperatura favorece a proliferação de bactérias”, explica.

A profissional, que estuda a fundo esta área, diz que outra questão diretamente ligada ao fato do nosso planeta estar aquecendo são os fenômenos climáticos extremos como enchentes, secas e incêndios florestais.

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Esses fenômenos podem dificultar, por exemplo, o acesso à água potável e ao saneamento básico, além de fazer com que as pessoas vivam, literalmente, aglomeradas.

“Como os casos recentemente vivenciados no estado de Santa Catarina com as enchentes históricas, isso coloca as pessoas em condições insalubres. É importante destacar que estes desastres socioambientais estão diretamente ligados às mudanças climáticas”, fala.

A médica explica que quando as condições climáticas causam situações insalubres, há mais infecções, mais uso de antibióticos e aumentam as possibilidades das bactérias criarem mecanismos de resistência.

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Para ler a matéria completa, acesse o site ND Mais.

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