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Estudante trans da Unesp desaparecida: achados ossos em terreno próximo à casa de namorado

A polícia encontrou fragmentos de ossos queimados próximo à casa de Marcos Yuri Amorim, suspeito de ter matado Carmen de Oliveira Alves, estudante trans da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que está desaparecida desde o dia 12 de junho, em Ilha Solte

José Maria Tomazela (via Agência Estado)

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Escrito por José Maria Tomazela (via Agência Estado)
Publicado em 18.07.2025, 17:22:00 Editado em 18.07.2025, 17:29:01
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A polícia encontrou fragmentos de ossos queimados próximo à casa de Marcos Yuri Amorim, suspeito de ter matado Carmen de Oliveira Alves, estudante trans da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que está desaparecida desde o dia 12 de junho, em Ilha Solteira, interior de São Paulo. O material foi enviado para análise no Instituto Médico Legal (IML) para definir se são restos humanos e posterior exame de DNA. O laudo sai em 30 dias. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Yuri.

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De acordo com o delegado da Polícia Civil Miguel Rocha, responsável pela investigação, os ossos estavam em resíduos de uma fogueira no terreno da casa, em um assentamento rural. "Não sabemos dizer se são ossos humanos ou não. Se forem, irão para DNA, para comparação com amostra fornecida pela mãe da vítima", disse ao Estadão.

O rastreamento do celular de Carmen indica que ela esteve na casa de Yuri no dia em que desapareceu. Foi o último registro do celular ativo, antes de ser desligado. Conforme o delegado, depois de examinarem o sítio, os peritos usaram luminol, substância que aponta resíduos de sangue mesmo após serem apagadas, em todos os cômodos da casa. A investigação ainda aguarda os laudos.

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Pressão para assumir relação

De acordo com o delegado, Yuri mantinha também uma relação amorosa com o policial militar ambiental da reserva Roberto Carlos de Oliveira, suspeito de ser cúmplice do crime. Os dois estão presos desde o último dia 10.

Com a ajuda do policial, Yuri teria matado a namorada devido às pressões que ela vinha fazendo para que ele assumisse o relacionamento entre os dois, não aprovado pela família dela. Segundo a investigação, ela preparou um dossiê contra o rapaz, que teria praticado alguns furtos, e ameaçava denunciá-lo se não a assumisse.

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Já o militar da reserva seria uma espécie de "sugar daddy" do rapaz, mais jovem, arcando com suas despesas. Após o crime, os dois teriam sumido com o corpo.

Em seu depoimento ao delegado, Yuri negou o crime e disse que, naquele dia, ele e Roberto Carlos tinham passado a noite juntos em sua casa. A versão foi confirmada pelo ex-militar, mas a polícia suspeita que os dois forjaram um álibi.

O advogado de Roberto Carlos, Miguel Micas, afirma que seu cliente se diz inocente e nega qualquer participação no caso.

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Os veículos dos dois suspeitos - a motocicleta de Yuri e a caminhonete do policial - foram apreendidos e também serão periciados em busca de eventuais marcas de sangue ou material da vítima.

A Marinha está auxiliando as buscas pelo corpo da estudante no rio São José dos Dourados, afluente do Rio Paraná, que banha Ilha Solteira. O rio passa nos fundos do lote que a família de Yuri possui no assentamento da reforma agrária. O rapaz tomava conta do local.

A jovem trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, cursava o último ano de Zootecnia no campus de Ilha Solteira da Universidade Estadual Paulista (Unesp). No dia do desaparecimento, ela deixou a universidade em sua bicicleta elétrica, após fazer uma prova. O rastreamento do celular indica que ela foi para a casa do namorado.

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