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Estudante perde bolsa após ostentar viagens e renda incompatível

Justiça revogou decisão que autorizava matrícula; caso será investigado por supostas irregularidades no programa de bolsas

Da Redação

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A jovem mostrava nas redes sociais um estilo de vida incompatível com a renda que declarou.
Icone Camera Foto por (foto reproduçao redes sociais)
A jovem mostrava nas redes sociais um estilo de vida incompatível com a renda que declarou.
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.07.2025, 18:15:00 Editado em 23.07.2025, 18:14:55
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Uma estudante de medicina que integrava um programa de bolsas da Prefeitura de Anápolis, a 55 km de Goiânia, teve o benefício suspenso após suspeitas de incompatibilidade entre a renda declarada e o estilo de vida mostrado nas redes sociais. A jovem tentou recorrer na Justiça, mas teve o pedido negado após surgirem indícios de irregularidades.

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Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), a aluna alegava que recebia a bolsa até o segundo semestre de 2024, mas deixou de ter os repasses feitos à universidade a partir do início de 2025. Sem o pagamento das mensalidades acumuladas entre fevereiro e junho, que somam R$ 47,3 mil, a matrícula para o segundo semestre foi negada.

Inicialmente, a Justiça chegou a autorizar a matrícula da jovem mesmo sem o pagamento, mas a decisão foi revogada após a Prefeitura instaurar uma auditoria especial para apurar possíveis irregularidades no programa. A partir dessa investigação, vieram à tona postagens nas redes sociais da estudante exibindo viagens internacionais e atividades que não condiziam com o perfil econômico informado.

O processo apontou ainda que a mãe da estudante, advogada, possui renda mensal de R$ 8,4 mil e é sócia de uma empresa, além de receber R$ 4,4 mil como servidora pública. Já o pai é sócio em uma imobiliária. Apesar disso, para conseguir a bolsa, a estudante declarou morar com o avô e ter uma renda familiar de apenas três salários mínimos. O avô, no entanto, também é empresário, com capital social de R$ 100 mil registrado.

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Com base nessas informações, o juiz Gabriel Lisboa negou a solicitação de matrícula e determinou que a estudante comprove todos os requisitos exigidos pelo programa. Caso contrário, poderá ser enquadrada por litigância de má-fé, o que pode gerar multa entre 1% e 10% do valor da causa.

O Ministério Público de Goiás informou, por meio do promotor Alberto Cachuba, que será instaurado um procedimento administrativo para investigar a possível irregularidade no ingresso da jovem no programa. Se confirmado, o caso pode gerar ações judiciais contra ela e outros estudantes que tenham agido da mesma forma.

A Prefeitura de Anápolis declarou que, ao identificar indícios de fraudes nas bolsas concedidas em gestões anteriores, instaurou uma sindicância e criou uma comissão especial para revisar todos os benefícios. O município também afirmou que continuará adotando medidas para garantir legalidade e transparência na aplicação dos recursos públicos.

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