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ALOTRIOFAGIA

Entenda por que personagem de Klara Castanho come botões

Em momentos de tensão e ansiedade, Ângela, da série 'Bom Dia, Verônica', arranca os botões da própria roupa e come

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Entenda por que personagem de Klara Castanho come botões
AutorFoto: Reprodução/Netflix

A segunda temporada da série brasileira Bom Dia, Verônica!, da Netflix, traz a atriz Klara Castanho, que interpreta Ângela, uma adolescente que sofre abuso sexual e psicológico do próprio pai, interpretado por Reynaldo Gianecchini. Um detalhe chama a atenção. Sempre que está nervosa ou ansiosa, a personagem arranca botões da própria roupa e come.

O distúrbio tem nome: alotriofagia. É um transtorno alimentar definido pelo desejo ou hábito de mastigar coisas que não sejam alimentos ou, ainda, não tenham qualquer valor nutricional, como óleo, sementes, gelo ou botões, por exemplo.

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"É muito comum acontecer em pessoas com alguma causa de ansiedade, mas também em pessoas com deficiência intelectual, autismo ou esquizofrenia", explica o psiquiatra Daniel Bastos durante entrevista ao site Terra.

Grávida e crianças também estão entre os pacientes acometidos pelo distúrbio. De acordo com o especialista, pesquisas apontam que 20% das crianças atendidas em clínicas de saúde mental apresentam a alotriofagia.

O percentual tende a diminuir depois da adolescência e é muito raro em adultos que não tenham qualquer deficiência intelectual.

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da alotriofagia é realizado por um psiquiatra por meio de entrevistas, depois que qualquer deficiência nutricional é descartada. Por outro lado, não existe tratamento específico para o transtorno, visto que surge a partir de uma condição pré-existente - esta, sim, com meios para ser tratada. É o que os médicos chamam de "tratamento via causa de base".

"Se for autista, é por remédio antipsicótico. No caso de pessoas ansiosas, remédio para ansiedade, assim como acompanhamento com psicólogo e nutricionista", explica Bastos. "Os dois casos que atendi na minha carreira eram por transtorno de ansiedade. Uma paciente comia arroz cru e se sentia menos ansiosa ao fazer isso, mas era algo compulsivo", acrescenta.

O outro caso que o profissional atendeu em sua carreira foi uma paciente com transtorno obsessivo-compulsivo. "Ela achava que estava infectada por bactérias. Uma vez, ela estava internada do hospital e comeu a comida de lá. Depois, achou que estava infectada e acabou tomando álcool em gel para tentar limpar a garganta e o estômago de bactérias", relata.

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A literatura médica dá conta de casos em que pacientes tinham o hábito de comer também lascas de tinta da parede, madeira, casca de ovo e cola. "São coisas totalmente inusitadas", comenta.

As informações são do site Terra.

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