Enfermeira que denunciou diarista por racismo pede medida protetiva
Diarista foi indiciada por injúria racial após enviar mensagens ofensivas; vítima teme novos ataques

A enfermeira Luciana Ponciano, que denunciou uma diarista por racismo, afirmou que aguarda a concessão de uma medida protetiva contra a acusada e disse estar com medo, já que a mulher ainda presta serviços de faxina no condomínio onde mora, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
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“Se eu não conseguir essa medida, fico com medo. Porque ela ainda tem acesso ao meu condomínio. Ela ainda faz faxina para algumas pessoas”, relatou Luciana.
O caso aconteceu no dia 9 de agosto, quando Luciana reclamou de um serviço de faxina e recebeu mensagens da diarista com xingamentos e ofensas racistas, como “chata porque é de cor” e “cabelo de Bombril”. Em uma das mensagens, a diarista chegou a admitir que tinha preconceito: “Demais, do seu jeito, sim, que reclama, que fica exigindo. A sua raça é isso aí, não se espera mais nada”, escreveu.
O delegado responsável, Joaquim Adorno, afirmou que que a diarista foi indiciada por injúria racial. Luciana disse que ele mencionou a possibilidade de pedir uma medida protetiva.
Enquanto isso, a vítima afirmou que o condomínio aguarda um documento oficial para restringir o acesso da diarista ao local.
Além das primeiras mensagens, a mulher continuou enviando ofensas mesmo após a denúncia, zombando do caso e chamando Luciana de “bicha feia sebosa”. A enfermeira contou que não respondeu a nenhuma das provocações.