Os empresários Sidney Oliveira, dono da rede Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, deixaram a cadeia no fim da tarde desta sexta-feira (15), em São Paulo. Eles estavam detidos no 8º Distrito Policial, no Belenzinho, zona leste da capital.
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A soltura ocorreu um dia antes do vencimento da prisão temporária, que tinha prazo de cinco dias. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) decidiu não pedir a renovação da medida, entendendo que a imposição de tornozeleira eletrônica e a apreensão dos passaportes seriam suficientes para evitar risco de fuga.
Os dois haviam sido presos na última terça-feira (12) durante a Operação Ícaro, conduzida pelo Gedec, grupo do MPSP especializado em crimes econômicos. A investigação apura o pagamento de propina a auditores fiscais da Secretaria da Fazenda para favorecer empresas por meio da antecipação de créditos fiscais.
O principal alvo da operação é o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como operador do esquema. Segundo o MPSP, ele teria recebido ao menos R$ 1 bilhão em propinas por meio da empresa Smart Tax, registrada no nome da mãe dele. A investigação aponta que a mulher passou de um patrimônio de R$ 411 mil em 2023 para cerca de R$ 2 bilhões em 2025.
No caso do fiscal, os promotores devem pedir a prorrogação da prisão temporária ou a conversão em preventiva, mantendo-o detido.
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