Morto na madrugada de segunda-feira (21), aos 88 anos, o Papa Francisco será sepultado apenas no próximo sábado (26), após um funeral que reunirá milhares de fiéis e líderes mundiais na Praça de São Pedro, no Vaticano. O corpo do pontífice, o primeiro das Américas a liderar a Igreja Católica, será velado por três dias na Basílica de São Pedro, a partir desta quarta-feira (23).
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Logo após a confirmação da morte, as autoridades do Vaticano iniciaram os tradicionais rituais fúnebres e providenciaram a preservação do corpo de Jorge Mario Bergoglio, que faleceu em sua residência, na Casa Santa Marta, vítima de um AVC, após complicações respiratórias. O corpo passou por um moderno processo de embalsamamento, necessário devido à umidade de Roma, que poderia acelerar a decomposição.
As primeiras imagens oficiais do corpo foram divulgadas na terça-feira (22), mostrando o Papa com vestes litúrgicas — casula vermelha e mitra branca — e um rosário entre as mãos, guardado por soldados da Guarda Suíça.
O embalsamamento segue um protocolo adotado pelo Vaticano desde 1914, que consiste na substituição do sangue por uma solução à base de formol, álcool e corantes, o que impede a ação de bactérias. A técnica moderna foi implementada definitivamente após falhas no processo de conservação do Papa Pio XII, em 1958.
Desde 1903, também deixou-se de remover os órgãos dos papas — prática antiga usada para a conservação de relíquias religiosas. A diretriz atual é preservar o corpo do pontífice de forma íntegra.
Apesar do delicado estado de saúde, Francisco participou das celebrações da Páscoa no domingo anterior à sua morte. Após a bênção "urbi et orbi", ainda fez questão de circular entre os fiéis em seu papamóvel. “Obrigado por me trazer de volta à praça”, teria dito ao enfermeiro pessoal, segundo o portal Vatican News.
O caixão com o corpo foi levado da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro às 9h (4h de Brasília) desta quarta-feira. A cerimônia fúnebre será celebrada no sábado, às 10h (5h de Brasília), e deve atrair cerca de 500 mil pessoas, incluindo chefes de Estado como Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Volodimir Zelensky (Ucrânia) e Donald Trump (EUA). O presidente russo, Vladimir Putin, não participará.
Ao contrário dos seus antecessores mais recentes, Francisco escolheu como local de sepultamento a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, onde repousará sob uma lápide simples, com apenas a inscrição “Franciscus”. O traslado para seu túmulo definitivo encerrará o último adeus ao líder que comandou a Igreja por mais de uma década.
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