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SAÚDE

Conheça a neuralgia do trigêmeo, doença que causa a pior dor do mundo

Doença rara não tem cura e fez mineira de 27 anos buscar eutanásia na Suíça

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Conheça a neuralgia do trigêmeo, doença que causa a pior dor do mundo
Autor Foto por reprodução - Carolina Arruda faz campanha da internet para se submeter a eutanásia

O drama da veterinária Carolina Arruda, de 27 anos, de Bambuí (MG), ganhou os noticiários após ela decidir se submeter à eutanásia na Suíça por não suportar mais as crises provocadas pela neuralgia do trigêmeo, doença conhecida por causar a pior dor do mundo. Mas o que é essa condição?

- LEIA MAIS: Doença que causa a pior dor do mundo faz jovem buscar eutanásia

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Segundo o neurologista Wuilker Knoner Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, o nervo trigêmeo enerva toda a sensibilidade da face, uma parte da cabeça e também da cavidade bucal. "Normalmente, a dor ocorre de forma súbita e sem causa definida. O vento frio no rosto, escovar os dentes, mastigar ou bocejar podem ser gatilhos da dor", explica.

A neuralgia do trigêmeo é descrita como uma das piores dores do mundo e é mais comum em mulheres com mais de 50 anos. Segundo estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Faculdade de Medicina do Vale do Aço (Famevaço), a incidência de casos do distúrbio por ano no Brasil é de 4,5 a cada 100 mil pessoas.

A doença não tem cura e sua principal causa é o contato neurovascular. "A parede da artéria se desloca e acaba encostando no nervo trigêmeo, na parte de dentro do crânio. E quando essa artéria pulsa, ela toca o nervo, causando uma espécie de machucado", diz o médico.

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"Em casos menos graves, é possível realizar tratamentos percutâneos, com anestesia local, em que a gente coloca uma agulha através da bochecha até o crânio para chegar ao nervo trigêmeo. Ali, a gente provoca a lesão parcial do nervo para cauterizar ou neutralizar os impulsos elétricos. Em casos mais graves, é necessária a realização de cirurgia para fazer esse afastamento entre a artéria e o nervo", afirma Campos.

BRASILEIRA FAZ CAMPANHA POR EUTANÁSIA

A doença tornou-se um dos assuntos mais pesquisados na internet nesta quarta-feira (3), após a veterinária Carolina Arruda, de 27 anos, fazer uma campanha se submeter à eutanásia. Ela luta contra a doença há 11 anos e abriu uma vaquinha online para ir à Suíça, já que o procedimento é proibido no Brasil.

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A jovem conta que estava sentada no sofá da casa da avó quando sentiu, pela primeira vez, uma forte dor do lado esquerdo do rosto. Foi semelhante a um choque, uma facada. Na hora, eu não conseguia falar nada, só gritava e chorava.

"Eu sinto dor 24 horas por dia. Nos últimos dois anos, piorou muito. Só consigo ficar em pé por alguns minutos, não consigo trabalhar ou estudar. Meu marido é quem me dá banho."

Carolina pretende sair do Brasil para realizar eutanásia ou suicídio assistido, já que os procedimentos são considerados crimes no país. "Busco apenas paz e alívio. A eutanásia está mais relacionada com empatia, com fornecer uma morte digna para a pessoa. Se fosse legalizada no Brasil, eu já teria feito", escreveu na internet.

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