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Como e onde atua célula do PCC descoberta na Argentina; membros têm até número de matrícula

Uma investigação feita pela Polícia Federal da Argentina identificou 28 pessoas com vínculos ao Primeiro Comando da Capital (PCC) naquele país. Oito estão presas, mas as outras 20 estão em liberdade, sob investigação ou com processos de expulsão ou extrad

Fabio Grellet (via Agência Estado)

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Escrito por Fabio Grellet (via Agência Estado)
Publicado em 06.08.2025, 08:05:00 Editado em 06.08.2025, 08:14:56
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Uma investigação feita pela Polícia Federal da Argentina identificou 28 pessoas com vínculos ao Primeiro Comando da Capital (PCC) naquele país. Oito estão presas, mas as outras 20 estão em liberdade, sob investigação ou com processos de expulsão ou extradição.

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A informação foi divulgada nesta terça-feira, 5, pela ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, que concedeu entrevista coletiva junto com o recém-nomeado diretor do Departamento Federal de Investigação (DFI) da Polícia Federal Argentina, o comissário-geral Pascual Mario Bellizzi.

Segundo a ministra, as investigações detectaram práticas próprias do PCC dentro de cadeias argentinas, como cerimônias de iniciação e batismo, durante as quais os novos membros da facção criminosa recebem um número de matrícula. Essas práticas replicam o modus operandi do PCC no Brasil. Entre os criminosos que, segundo a polícia argentina, têm ligação com o PCC estão:

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- O boliviano Jorge Adalid Granier, que mantém vínculo com gangues da região metropolitana de Rosário;

- Diego Dirisio, acusado de traficar armas da Europa para o PCC;

- Emanuel "Liba" Dos Santos, membro batizado do PCC, preso em Ezeiza, na região metropolitana de Buenos Aires, e depois extraditado;

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- Elvis Riola de Andrade, preso em Campana;

- Sebastián Marset, suposto responsável por tráfico intercontinental de cocaína e que circulou pelo território argentino.

O Estadão não conseguiu contato com a defesa dos homens citados pelas autoridades argentinas.

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Segundo Bellizzi, ainda não há na Argentina uma circulação expressiva de criminosos ligados ao PCC, mas o monitoramento vai permanecer, com o objetivo de impedir "a todo custo" que eles se estabeleçam no país, "porque são organizações muito violentas e trazem consigo crimes".

Levantamento do Ministério Público do Estado de São Paulo divulgado recentemente indicou a presença de 56 integrantes do PCC na Argentina.

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Na sexta-feira, dia 1º, foi preso em Buenos Aires um dos mais procurados criminosos do Rio Grande do Sul: Fábio Rosa Carvalho, de 41 anos, integrante da facção Os Manos, que é ligada ao PCC. Carvalho, conhecido como Nóia, estava foragido desde 2022.

Segundo a Polícia Civil gaúcha, Carvalho havia sido condenado e chegou a ser preso, mas em outubro de 2022 foi liberado e obrigado a usar tornozeleira eletrônica. Em fevereiro de 2023 ele rompeu o dispositivo e passou a ser considerado foragido.

A Polícia Civil gaúcha recebeu a informação de que Carvalho estaria em Concórdia ou Buenos Aires, duas cidades argentinas. Em 29 de julho, uma equipe da Polícia Civil gaúcha foi primeiro para Concórdia, onde realizou diligências.

Acompanhada pela polícia local, a equipe de investigação brasileira foi para Buenos Aires e, após realizar mais diligências, confirmou que Carvalho estava em um determinado prédio. Ele foi monitorado e, quando saiu do imóvel, foi abordado e capturado. Ele não esboçou reação e não foram encontrados objetos ilícitos.

Para o delegado Gabriel Lourenço, que coordenou a ação, essa prisão representou um marco significativo no enfrentamento ao crime organizado.

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