A Monash IVF, rede de clínicas de fertilização com unidades em toda a Austrália, confirmou nesta terça-feira (10) um novo caso de troca de embriões — o segundo erro do tipo cometido pela instituição em 2024. Desta vez, o equívoco aconteceu em uma unidade no estado de Victoria.
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Segundo comunicado da própria clínica, o embrião que pertencia à paciente foi transferido incorretamente para ela, contrariando o plano de tratamento, que previa a inserção de um embrião criado a partir do material genético de seu parceiro. A clínica classificou o incidente como resultado de falha humana.
Esse erro significa que a criança gerada carrega o DNA de outro casal. Durante toda a gestação, a mulher acreditava estar esperando um filho biológico.
A ministra da Saúde de Victoria, Mary-Anne Thomas, informou que o órgão estadual responsável está conduzindo uma investigação sobre o caso. Paralelamente, a Monash IVF também iniciou uma apuração interna. “As famílias devem ter a garantia de que estão recebendo um tratamento com os mais altos padrões de qualidade”, afirmou Thomas.
Caso anterior
O primeiro incidente semelhante foi registrado em abril deste ano, na unidade da clínica em Queensland. A troca só foi descoberta meses após o nascimento da criança, quando os pais biológicos solicitaram a transferência de embriões restantes para outra clínica. Durante a verificação, foi identificado um embrião extra, revelando que, por erro humano, um embrião de outra paciente havia sido descongelado e implantado.
Esse foi o primeiro caso documentado de troca de embriões na história da fertilização in vitro na Austrália, em mais de 40 anos de prática. Especialistas apontam que a chance de um erro desse tipo é tão remota que não pode ser medida estatisticamente.
A identidade das pessoas envolvidas não foi divulgada. Em relação à guarda da criança nascida do primeiro erro, ainda não há definição. Pela lei de Queensland, os pais legais são a mulher que deu à luz e seu parceiro, o que pode gerar disputas judiciais com os pais genéticos. Especialistas reforçam que qualquer decisão deverá considerar, prioritariamente, o bem-estar da criança.
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