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Chupetas viram nova tendência no TikTok para alívio do estresse

Tradicionalmente associado à infância e usado para acalmar bebês, seu uso por adultos desperta curiosidade e até estranhamento

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Chupetas viram nova tendência no TikTok para alívio do estresse
Autor Foto por Redes Sociais - Nas redes sociais, vídeos de jovens usando chupetas têm viralizado

Em meio a um mundo hiperconectado e acelerado, cresce a busca por alternativas para lidar com problemas como insônia, ansiedade e estresse. Enquanto alguns recorrem a chás, massagens e técnicas de respiração, outros, acredite, apostam em chupetas. Em países como China e Estados Unidos, o acessório vem ganhando adeptos entre jovens e adultos como forma de aliviar a tensão. Tradicionalmente associado à infância e usado para acalmar bebês, seu uso por adultos desperta curiosidade e até estranhamento.

Em meio a um cenário de instabilidade econômica, polarização política e crescente preocupação com as mudanças climáticas, muitos jovens, especialmente da geração Z, têm buscado refúgios emocionais para aliviar a ansiedade.

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							Chupetas viram nova tendência no TikTok para alívio do estresse
Autor Foto por Redes Sociais

Nesse contexto, tendências curiosas como os bebês reborn, bonecos Labubu, livros de pintura Bobbie Goods e, mais recentemente, o uso de chupetas, vêm ganhando popularidade como portos seguros simbólicos. Esses objetos oferecem uma sensação de acolhimento e funcionam como uma pausa simbólica frente à pressão e à incerteza do mundo real.

Segundo o South China Morning Post, as chupetas são comercializadas com promessas de melhorar o sono, reduzir o estresse diário e até ajudar no processo de abandono do cigarro. Psicologicamente, o fenômeno pode ser explicado pela chamada regressão, quando o indivíduo retorna, consciente ou inconscientemente, a estágios anteriores do desenvolvimento em busca de conforto e segurança no que lhe é familiar.

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“Psicologicamente, trata-se de um comportamento infantil que, no nível inconsciente, simboliza fuga da realidade e da fase adulta, revelando também o desejo de evitar obrigações e responsabilidades — que, no entanto, não deixarão de existir”, afirma o psicólogo Alexander Bez.

Nas redes sociais, vídeos de jovens usando chupetas têm viralizado. Eles aparecem com o acessório no trânsito, no trabalho e até durante crises de burnout. Em alguns casos, a chupeta é transformada em um item de moda: customizada com adesivos, pedrarias e miçangas, ganha um ar lúdico que contrasta com o ambiente adulto em que é exibida.

“É um modismo passageiro, incapaz de ajudar a lidar com os sintomas do estresse, que sempre parte do meio externo para o interno, e que encontra na ansiedade um grande aliado”, acrescenta o psicológo.

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O psicólogo Alexander Bez explica que o uso de chupetas por adultos é um comportamento regressivo, sem função prática, já que o objeto tem uma aplicação cronologicamente restrita à primeira infância. No entanto, o fenômeno vai além das chupetas e revela uma busca incessante por conforto e segurança vindos da nostalgia.



							Chupetas viram nova tendência no TikTok para alívio do estresse
Autor Foto por Redes Sociais

Infância simbólica

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Antes guardados discretamente em prateleiras e armários, os bichinhos de pelúcia hoje são exibidos como parte do visual: pendurados em bolsas, cintos e até mochilas. Entre eles, destacam-se os monstrinhos Labubu, pelúcias com orelhas pontudas de coelho e sorriso travesso, que adicionam um toque lúdico à rotina. Assim como as chupetas, os Labubus também ganham personalizações com miçangas, roupas e acessórios em miniatura.

Apesar dessa tentativa de resgatar a sensação de acolhimento da infância, Bez afirma que recorrer a objetos simbólicos não resolve as angústias e pressões do mundo adulto, funcionando apenas como um alívio temporário.

“Em adultos, é uma conduta abstrata e surreal, sem qualquer efeito psicoterapêutico. Em vez disso, técnicas de respiração, atividade física regular, terapia e momentos de lazer saudáveis são alternativas comprovadas para aliviar a tensão e promover equilíbrio emocional, sem recorrer a comportamentos infantis ou sem eficácia”, comenta.

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Informações: Metrópoles

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