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39 CONDENADOS

China condena à morte 11 pessoas da mesma família por golpes digitais

Tribunal concluiu que grupo controlava cassinos e campos de fraude em Mianmar, explorando milhares de trabalhadores

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China condena à morte 11 pessoas da mesma família por golpes digitais
Autor11 pessoas foram condenadas à morte. - Foto: CCTV via BBC

Um tribunal da China condenou à morte 11 integrantes de uma mesma família acusada de comandar centros de jogos de azar e campos de “ciberescravos” em Laukkaing, cidade de Mianmar próxima à fronteira chinesa. Outros 28 réus receberam penas que vão de prisão perpétua a 24 anos de reclusão.

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Segundo a emissora estatal CCTV, no total, 39 membros da família Ming foram considerados culpados por envolvimento em uma ampla rede criminosa que atuava desde 2015. Além das 11 sentenças capitais, cinco condenados receberam pena de morte com suspensão de dois anos, 11 foram sentenciados à prisão perpétua e os demais a longos períodos de prisão.

As investigações apontam que a família Ming, um dos clãs mais poderosos do estado de Shan, transformou Laukkaing em um polo de crimes como fraude em telecomunicações, cassinos ilegais, tráfico de drogas e prostituição. Apenas em operações de jogos e golpes, o grupo teria movimentado mais de 10 bilhões de yuans (cerca de R$ 7,4 bilhões).

A Justiça chinesa também responsabilizou os réus por mortes ocorridas nos centros de exploração. Em um dos episódios citados, funcionários foram baleados para impedir que retornassem à China.

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A ONU já havia classificado Laukkaing como um dos principais hubs de fraudes do Sudeste Asiático, onde milhares de pessoas são mantidas como “ciberescravos” – trabalhadores atraídos com falsas promessas e obrigados a atuar em esquemas de golpes online. A entidade estima que mais de 100 mil estrangeiros, em sua maioria chineses, tenham sido explorados nessas condições.

Um dos complexos mais notórios, o chamado Crouching Tiger Villa, chegou a empregar 10 mil trabalhadores e era marcado por espancamentos e torturas.

Em 2023, diversos integrantes da família Ming foram detidos em Mianmar e entregues às autoridades chinesas. O patriarca do clã, Ming Xuechang, teria se suicidado antes de ser capturado.

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A repressão ocorre em meio à pressão de Pequim para conter esquemas de fraude em sua fronteira. A ofensiva também levou países vizinhos, como a Tailândia, a agir contra os centros de golpes. Ainda assim, parte das operações migrou para o Camboja, embora Mianmar continue sendo um dos principais focos.


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