Centro espírita no RS que transmitia cirurgias clandestinas é fechado
Homem que se autointitula médium é investigado por exercício irregular da medicina, curandeirismo e estelionato

A Polícia Civil fechou, na quarta-feira (5), um centro espírita em Rio Pardo, a 150 quilômetros de Porto Alegre (RS), onde eram realizadas e transmitidas pela internet cirurgias médicas clandestinas.
O responsável pelos procedimentos, um homem que se autointitula médium, é investigado por exercício irregular da medicina, curandeirismo e estelionato. Ele não teve a identidade divulgada e responderá aos crimes em liberdade.
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De acordo com o delegado Anderson Faturi, responsável pelo caso, o suspeito realizava procedimentos invasivos sem qualquer formação médica ou autorização legal, colocando a saúde dos pacientes em risco.
"Ele realizava cortes, incisões, suturas e outros procedimentos invasivos [...] em ambiente impróprio, as quais, inclusive, eram gravadas e postadas em rede social", detalhou Faturi.
Durante a ação policial no local, foram apreendidos instrumentos médicos, como bisturis, além de remédios e outras substâncias que seriam utilizadas nas cirurgias ilegais.
Por determinação judicial, o suposto médium está proibido de realizar novos procedimentos.
A investigação apura agora o valor arrecadado pelo homem com as atividades. Ele nega que cobrava dos clientes, mas o delegado afirma que o investigado "recebia valores, inclusive, contribuições mensais". A polícia encontrou cadernos com nomes de pagantes, que corroboram a suspeita.
