A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem um prazo de 48 horas, concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, para explicar por qual motivo não utiliza o número 24 para identificar seus jogares. A seleção brasileira é a única equipe da Copa América que não utiliza o algarismo.
A decisão foi tomada pelo juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível, que também fixou multa diária de R$ 800, que indiciará por 30 dias, podendo ser renovada e/ou majorada, caso a confederação não responda.
A CBF, por meio de uma nota, alegou que não foi informada sobre o prazo de 48 horas, mas que está a par da situação. A defesa prepara os devidos esclarecimentos solicitados.
A ação foi movida pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT - associação sem fins lucrativos que representa os direitos da comunidade LGBTQIA+. Na petição, apresentada pelo advogado Carlos Nicodemos, o grupo questiona "o fato de a numeração da seleção brasileira pular o número 24, considerando a conotação histórica cultural envolta nesse número de associação aos gays deve ser entendido como uma clara ofensa à comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica.”
No documento, o Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT também reafirma a necessidade de o esporte, sobretudo os tradicionais do universo masculino, atuarem na luta contra o preconceito à comunidade LGBTQIA+.
“Da mesma forma, tem se mostrado cada vez com maior clareza o importante papel que a adoção de medidas afirmativas no âmbito das práticas esportivas exercem para o incremento dessa luta, com ênfase para aqueles esportes tradicionalmente considerados no universo masculino", destacou o grupo.
Com informações; CNN.
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