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Alunos de Medicina da USP relatam R$ 170 mil de prejuízo com cancelamento de viagem

Mais de 50 estudantes da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) relatam um prejuízo de cerca de R$ 170 mil após fecharem um pacote de viagem à Bahia. A agência de turismo Kairós Viagens e Peregrinações contesta o valor

Isabela Moya e Caio Possat (via Agência Estado)

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Escrito por Isabela Moya e Caio Possat (via Agência Estado)
Publicado em 26.08.2025, 08:01:00 Editado em 26.08.2025, 08:15:31
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Mais de 50 estudantes da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) relatam um prejuízo de cerca de R$ 170 mil após fecharem um pacote de viagem à Bahia. A agência de turismo Kairós Viagens e Peregrinações contesta o valor - diz que o montante é de cerca de R$ 120 mil - e afirma que "buscará todas as alternativas legais para mitigar os danos e promover o ressarcimento".

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As vítimas são alunos do terceiro ano da graduação e contam que o passeio à Bahia em dezembro é uma tradição na faculdade, organizado pelos estudantes como forma de celebrar o encerramento do Ciclo Básico - cursado nos três primeiros anos da graduação - e a transição para o Ciclo Clínico, que se inicia a partir do quarto ano.

No entanto, depois de pagarem R$ 170 mil à Kairós, foram surpreendidos no último dia 8 de julho, quando a empresa anunciou em seu perfil do Instagram que as atividades da agência estavam suspensas.

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"Estamos sem viagem e sem reembolso", conta a estudante Elisa Nogueira Barbosa.

Elisa está entre os 53 estudantes da Faculdade de Medicina que aderiu ao pacote de viagem da Kairós e pagou aproximadamente R$ 5 mil (alguns fizeram o pagamento à vista e outros optaram pela forma parcelada).

Ao terem conhecimento dos problemas envolvendo a Kairós, os estudantes questionaram o dono da empresa Ricardo Ribeiro Rodrigues, que garantiu, conforme Elisa, que ninguém seria lesado e que a viagem estava garantida. "Ele fez uma reunião com todos os aderidos e garantiu que faria a emissão das passagens aéreas até o dia 8 de agosto", relatou Elisa. "Nós confiamos e aguardamos."

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Porém, no dia 8 deste mês, Rodrigues entrou em contato com os estudantes e informou que não iria conseguir realizar o passeio nem devolver o dinheiro. Inseguros, alguns dos alunos passaram a pedir o cancelamento do pagamento da viagem. Alguns já tiveram o valor ressarcido pelo cartão de crédito. O total do prejuízo, no momento, gira em torno de R$ 170 mil, de acordo com as vítimas.

Os estudantes afirmam que registraram um boletim de ocorrência eletrônico e colhem provas para ir à delegacia. A Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) foi questionada e a reportagem aguarda retorno.

Em mensagens trocadas entre o dono da Kairós e os estudantes de Medicina, o empresário afirma que decidiu cancelar a viagem por causa dos pedidos de ressarcimento. "A única forma que tínhamos de entregar a viagem era cancelando todos os demais cartões e depois passá-los diretamente na companhia aérea e no hotel", disse Rodrigues em mensagem obtida pela reportagem.

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"Contudo, diante da insegurança e desconfiança do grupo com relação à empresa, não me restou alternativa senão fazer o cancelamento total da viagem", acrescentou o empresário às vítimas.

Em nota enviada ao Estadão, a assessoria jurídica da agência de turismo diz que os pedidos de estorno dos pagamentos realizados por cartão de crédito estão sendo aceitos e serão devidamente creditados nas próximas faturas dos clientes. Por isso, segundo a Kairós, o prejuízo dos alunos estaria em R$ 120 mil atualmente. "Os valores pagos pelos alunos somam cerca de R$ 170 mil dos quais aproximadamente R$ 50 mil já foram devolvidos relativos aos pagamentos efetuados por cartão de crédito."

A empresa também reforça que está em busca de soluções. "A situação não se configura como um ato de má-fé ou negligência, mas sim uma crise operacional de grande magnitude, resultante de eventos externos e que está sendo tratada com a máxima seriedade e transparência. É fundamental ressaltar que o presente cenário se configura como um ilícito civil, decorrente de falha na prestação de serviço por parte de terceiros, e não como estelionato ou 'golpe'", diz a assessoria jurídica da agência.

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