A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) suspendeu o registro profissional da advogada Luana Otoni de Paula, que foi presa por injúria racial e agressão a um funcionário no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Luana não poderá exercer a profissão temporariamente. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (26) e pode ser consultada no Cadastro Nacional dos Advogados (CNA).
Ela já havia sido destituída de um cargo da OAB de Minas Gerais nesta terça-feira (25). Uma portaria revogou a nomeação de Luana como presidente da Comissão de Direito da Moda, e foi assinada pelo presidente da instituição, Sérgio Leonardo.
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A advogada, de 39 anos, teria chamado um funcionário da empresa Azul de "macaco, vagabundo, cretino e bosta". Ela era passageira de um voo que seguia para Natal (RN), às 13h30 de domingo (23), mas foi impedida de seguir viagem. De acordo com informações da polícia, a mulher estava com sintomas de embriaguez.
Segundo boletim de ocorrência, ela foi abordada pelo gerente operacional da empresa, após cair enquanto entrava no avião. Ele ofereceu atendimento médico e a convidou a se retirar, informando que ela seria realocada em outro voo. Advogada chamou piloto de "comandantezinho" após ser retirada da aeronave.
Ainda conforme registro da polícia, Luana questionou se estavam felizes de "desembarcar uma patricinha do avião" e deu tapas, chutes e socos no funcionário. "Você precisa desse empreguinho. Você é pobre, um ferrado", teria dito. Câmeras do circuito interno do aeroporto mostram a mulher atacando o homem, que tenta desviar. Depois, outro funcionário tenta separar, mas ela segue agredindo e depois sai carregando seus pertences. O áudio da confusão, porém, não foi captado.
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A Azul disse que a "cliente indisciplinada" foi orientada a desembarcar por "comportamento inadequado". "No momento do desembarque, a cliente agrediu física e verbalmente um tripulante da Azul. A autoridade de segurança foi chamada para acompanhar o desembarque e, em seguida, os conduziu para delegacia para registrar depoimento e conduzir a apuração do caso", explicou a companhia aérea em nota.
Agentes da Polícia Federal foram chamados e deram voz de prisão. Segundo o boletim de ocorrência, no momento da prisão, Luana estava em um restaurante e exigiu que eles a esperassem pedir uma refeição. A mulher e as testemunhas foram, então, levadas para um posto da PM, onde a ocorrência foi registrada.
Aos policiais, Luana disse que obedeceu ordem para evitar constrangimentos. Segundo versão da mulher, ela foi abordada "de repente" e não obteve resposta quando questionou o funcionário sobre o motivo de saída do voo.
Após audiência de custódia, ela foi liberada da prisão cautelar na terça (25). O TJMG entendeu que a suspeita de crime cometido pela mulher não "se revestia de gravidade objetiva" e, por isso, a liberou.
Fonte: UOL.
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