A Polícia Civil do Paraná (PCPR) destaca a importância do trabalho dos papiloscopistas para o desempenho da população na solução de crimes. Nesta quarta-feira (05.02) é comemorado o Dia Nacional do Papiloscopista.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, o trabalho realizado pelos papiloscopistas é fundamental para que a Polícia Civil do Paraná consiga melhorar o seu percentual de soluções de crimes. “A identificação humana por intermédio de impressões digitais tem garantido maior eficiência e efetividade aos trabalhos prestados pela Polícia Civil à população em diversas áreas”, afirma.
Para o delegado-geral adjunto, Riad Braga Farhat, não tem como pensar em uma polícia judiciária sem a presença de papiloscopistas. “São peritos que ajudam muito na elucidação de crimes. Enxergamos neles o futuro da polícia”, completa.
ÁREAS DE ATUAÇÃO – O trabalho do perito papiloscopista vai além da confecção de carteiras de identidade. Esses profissionais também realizam perícias técnicas para apurar fraudes em documentos, identificar criminosos e cadáveres sem identificação, através da coleta de fragmentos de impressões digitais.
Os papiloscopistas trabalham intensamente com sistemas modernos que auxiliam no confronto de impressões digitais em bancos de dados biométricos. Além de ferramentas informatizadas, eles utilizam processos laboratoriais para revelar fragmentos e permitir a descoberta de provas importantes para a elucidação de crimes.
Os profissionais realizam plantões de coletas digitais e ficam à disposição das unidades da Polícia Civil para realização de perícias em locais de crime. Também atendem hospitais, quando acionados para a identificação de pessoas, bem como elaboração de laudos que possibilitam a doação de órgãos.
O diretor do Instituto de Identificação da PCPR, Marcus Vinícius Michelotto, reforça que a carreira de papiloscopista é multitarefas. “A parte da papiloscopia avança cada vez mais ao lado da ciência para auxiliar a população em diversas áreas”, afirma.
SOLUÇÕES DE HOMICÍDIOS – A delegada da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da PCPR, Camila Cecconello, avalia a atuação dos profissionais desta área como imprescindível não só nas investigações de homicídios, como também nas investigações de roubos, entre outros crimes. “Em 2019, o trabalho papiloscópico auxiliou na identificação de autoria de diversos homicídios”, relembra.
A atuação dos papiloscopistas foi um dos pontos que contribuiu para que a PCPR atingisse níveis comparados aos Estados Unidos na solução de homicídios. Em 2019, 61% dos casos ocorridos em Curitiba foram solucionados. A taxa é superior, por exemplo, a de Chicago, capital de Illinois (EUA), onde o índice foi de 53% no passado, segundo a polícia local.
Camila ressalta ainda que a prova técnica obtida pela perícia papiloscópica é irrefutável. “É uma prova certeira que não se discute. O futuro da investigação são essas provas técnicas que vem nos auxiliando muito na identificação de autoria de homicídios”, finaliza.
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