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Chile corta salários de deputados, ministros, governadores e presidente pela metade

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Chile corta salários de deputados, ministros, governadores e presidente pela metade
AutorFoto: Reprodução

A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta quarta-feira, 27, por unanimidade o projeto de lei que reduz temporariamente em 50% os rendimentos parlamentares e de outras autoridades, como o presidente, ministros e governadores. A iniciativa, motivada pelos protestos que acontecem no Chile há 40 dias, segue para o Senado. O projeto foi apresentado há seis anos pelos deputados Gabriel Boric e Giorgio Jackson. Ele deixa de fora, por enquanto, salários de prefeitos, integrantes do Judiciário e funcionários do Ministério Público.

De acordo com o a imprensa chilena, a medida tem caráter temporário e deixa de fora benefícios extras dos parlamentares, como verba de gabinete e outras benesses. Há cerca de um mês, o presidente Sebastián Piñera deu sinal verde para o projeto, como parte das medidas para enfrentar a crise social no país.

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Agora, o total dos rendimentos parlamentares, somando salários e benefícios, não poderá ultrapassar 20 salários mínimos. Por lei, um deputado recebe cerca de 6 milhões de pesos chilenos líquidos (R$ 31,2 mil) por mês. Se aprovado o projeto, esse valor cairá à metade (R$ 15,6 mil).

Violência continua

Os saques, incêndios e confrontos entre manifestantes e a polícia continuam. Na noite desta quarta-feira, dezenas de manifestantes - a maioria jovens - invadiram o shopping Parque Arauco, um dos maiores e mais frequentados de Santiago.

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Alguns manifestantes roubaram extintores para apagar um incêndio em um dos pátios do setor onde estão as lojas de grife do shopping, no bairro de Las Condes. Guardas e clientes do shopping se uniram para enfrentar os manifestantes, o que provocou brigas, segundo imagens divulgadas nas redes sociais.

Durante a noite de terça e a madrugada desta quarta uma centena de "eventos graves", segundo o governo, foi registrada em várias cidades do país, com incêndios e ataques a ônibus, estações do metrô, escritórios de um jornal e um hotel tradicional em La Serena, o que levou Piñera a advertir que "em muitos lugares a ordem pública foi quebrada".

"A violência está causando danos irreparáveis", acrescentou o presidente, em um pronunciamento no palácio do governo, na qual pediu ao Congresso para que sejam aprovadas leis para aumentar as sanções para aqueles que causam desordem pública, anunciando em seguida, que a partir da próxima segunda-feira, 2.500 novos policiais serão integrados ao trabalho de controle.

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A nova noite de fúria afastou a tentativa do presidente de avançar em um plano de "reconstrução" do país, mergulhado desde 18 de outubro na pior crise social desde o retorno à democracia, em 1990.

Nenhuma medida social - como um aumento de 50% no valor básico da aposentadoria para todos os beneficiários em dois anos - nem o acordo político histórico para mudar a Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) conseguiram baixar os níveis de tensão no país, onde 23 mortos, milhares de feridos e danos gigantescos no comércio, patrimônios históricos e edifícios públicos foram relatados desde o início dos protestos

"Chegou a hora de dizer basta; o governo está fazendo seu trabalho com todos os instrumentos da democracia", alertou Piñera.

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Cresce o vandalismo

Após 40 dias de protestos, o vandalismo ganhou novo impulso. Na cidade de La Serena, a cerca de 480 km de Santiago, homens encapuzados saquearam e queimaram o tradicional hotel Costa Real

Na cidade portuária de San Antonio, na região de Valparaíso, ocorreram novas cenas de desordem. A sede do jornal local El Mercúrio de Valparaíso, o mais antigo do pais, foi incendiada.

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Mais ao sul, em Concepción, uma grande manifestação - reunida no meio da greve de dois dias convocada pelo principal sindicato do Chile (CUT) - terminou com incidentes entre os encapuzados e a polícia.

Em Santiago, duas estações de metrô foram danificadas novamente, gerando problemas à rede ferroviária metropolitana, o primeiro alvo do início da revolta com mais de 70 estações atingidas. (Com agências internacionais).

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