Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Coronavírus

publicidade
CORONAVÍRUS

Governador pede a senadores apoio para o ressarcimento de perdas do Estado

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

Governador pede a senadores apoio para o ressarcimento de perdas do Estado
Autor O encontro virtual foi pautado por questões econômicas e pela necessidade de apoio ao projeto que pede o ressarcimento (Foto: AEN) - Foto: Reprodução

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta segunda-feira (13) de uma videoconferência com os três senadores que representam o Estado no Congresso Federal, Álvaro Dias, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães. O encontro foi pautado por questões econômicas e a necessidade de apoio ao projeto que pede o ressarcimento da União aos estados pelas perdas de arrecadação de ICMS e IPVA em razão da pandemia da Covid-19. Os dois tributos representam 78% da receita corrente líquida do Paraná.

Uma das propostas do governo federal é a manutenção dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) no mesmo nível de 2019. No Paraná, no entanto, as transferências da União representam de 8% a 12% da receita, o que inviabiliza a reconquista das perdas acumuladas na crise decorrente do novo coronavírus.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

O governador citou a necessidade de entendimento entre a bancada federal para que as contas públicas do Paraná fiquem no “zero a zero” neste ano. As perdas estimadas, a depender a evolução da crise, podem ultrapassar R$ 3 bilhões. “Há uma proposta para auxiliar os estados em cima do FPE, o que, em tese, atenderia todo mundo. Mas a manutenção do FPE para o Sul e Sudeste é medida ineficiente diante da dimensão financeira das nossas contas”, afirmou Ratinho Junior.

Segundo o secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior, o ressarcimento é a única possibilidade de manutenção da ordem orçamentária. “O que estamos tentando desenhar junto com os secretários de Fazenda do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) é uma proposta para que haja tratamento isonômico com estados do Norte e Nordeste no que diz respeito a garantias de receita. O que seria isso? A possibilidade de ressarcimento na base de ICMS perdida, que estaria na faixa de R$ 2,6 bilhões a R$ 3,1 bilhões para o nosso Estado”, disse.

“Queremos mostrar a relevância do Estado e ter tratamento similar. Não é uma aventura fiscal, mas a garantia de que o Paraná não vá ter uma crise estrutural com a passagem da pandemia. O Estado não pode emitir título ou moeda como o governo federal. O texto que o Cosud defende é repasses de R$ 95 bilhões a R$ 120 bilhões”, complementou o secretário.

publicidade

BALANÇO – Renê Garcia fez um breve relato da situação fiscal do Estado. Ele disse que a chegada do novo coronavírus ao País e a necessidade de paralisação das atividades econômicas atingiram as principais fontes de arrecadação, que são, basicamente, combustível, energia elétrica e comunicações.

“A diminuição com base em análises das notas fiscais será de cerca de 75% em combustível em abril. Em energia elétrica, de 16% a 18%. No comércio, fora os supermercados e as farmácias, haverá queda brusca da atividade, o que impactará ainda mais a nossa situação”, afirmou.

O secretário destacou que a situação do Paraná não é diferente do ponto de vista estrutural do resto do Brasil, mas que decisões políticas podem trazer certa tranquilidade aos estados do Norte e Nordeste com a garantia de manutenção dos repasses do FPE, e intranquilidade aos estados do Sul e Sudeste, onde essa não é a maior fatia do bolo.

publicidade

“Nesses estados, o FPE e as transferências da União representam de 65% a 70% da receita corrente líquida. No nosso caso é o inverso. Cerca de 78% da receita corrente líquida está associada ao ICMS e ao IPVA, e as transferências da União são de 8% a 12%”, afirmou Renê Garcia. “A nossa vulnerabilidade a uma crise é mais acentuada do que Norte e Nordeste e se iguala em tamanho a São Paulo por causa dessa diferença de arrecadação”.

Ele acrescentou que em 2019 o Paraná conseguiu fazer um ajuste nas contas públicas com redução de custos, o que levou a um superavit financeiro na casa dos R$ 2,6 bilhões. O cenário projetado para 2020 era favorável com a recuperação da economia brasileira e a abertura de empréstimos para financiamento de obras estruturantes.

A perspectiva total era de quase R$ 2 bilhões em empréstimos (R$ 1,6 bilhão de um consórcio de bancos e R$ 400 milhões através de um programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento) para direcionar aos municípios para logística, infraestrutura, segurança e agricultura.

publicidade

Segundo o secretário, o pedido de ressarcimento é uma garantia para a receita que será perdida. “Os estados não vão ficar melhor e nem pior com essa medida. Vamos terminar o ano com zero investimento, apenas para custeio e ainda assim teremos que adotar políticas mais rígidas na máquina pública. É economia de guerra. Não queremos quebrar o Estado e quebrar os municípios do Paraná. É uma medida protetiva”, arrematou.

OUTRAS MEDIDAS – O governador Ratinho Junior fez um balanço das ações de um mês desde que os primeiros casos do novo coronavírus foram detectados no Paraná e citou os pacotes econômico e social, a contratação de novos leitos de UTI e a liberação de crédito com a garantia da manutenção dos empregos.

Ele também encaminhou demandas aos senadores que precisam de intervenção direta em Brasília, como a necessidade de postergar o pagamento de precatórios até 2028 e de suspender o pagamento da dívida com a União por doze meses – o Paraná conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) uma liminar favorável à suspensão por seis meses, com compromisso de aplicar esses recursos na Saúde.

publicidade

O governador ainda pediu apoio aos senadores para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) possa turbinar o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com mais recursos para repassar crédito para as empresas paranaenses e apoio com a disponibilidade de recursos do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) para investir no setor hoteleiro, nos restaurantes e em toda a cadeia de turismo atingida pela quebra da demanda.

PRESENÇAS – Participaram da reunião os secretários Guto Silva (Casa Civil), Beto Preto (Saúde) e João Debiasi (Comunicação e Cultura); o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor de operações do BRDE, Wilson Bley Lipski; e o deputado estadual Tião Medeiros. 

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Coronavírus

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline