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Servidores reagem a críticas e defendem legalidade do auxílio-saúde

Em sessão na Câmara Municipal de Arapongas, servidores efetivos da casa leram uma nota de repúdio e esclarecimento sobre os fatos

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Servidores reagem a críticas e defendem legalidade do auxílio-saúde
AutorNa sessão, os servidores efetivos expressaram sua "mais profunda indignação" diante do que classificam como ataques irresponsáveis por parte de alguns vereadores - Foto: Divulgação

Um cenário de forte tensão marcou a sessão da Câmara Municipal de Arapongas (PR) nesta quarta-feira (29), quando os servidores efetivos da Casa Legislativa se manifestaram publicamente, em plenário, com a leitura de uma contundente "Nota de Repúdio e Esclarecimento". O documento, que carrega a assinatura de todos os trinta funcionários efetivos da Câmara, expôs aprofundadas fissuras nas relações internas, denunciando o que consideram uma "exposição indevida" e a instrumentalização de suas carreiras em "disputas políticas" que desfavorecem o funcionamento institucional.

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Na sessão, os servidores efetivos expressaram sua "mais profunda indignação" diante do que classificam como ataques irresponsáveis por parte de alguns vereadores. As críticas se concentram em pronunciamentos feitos nas redes sociais e na mídia, onde parlamentares teriam afirmado que os funcionários "ganham bem", com o objetivo claro de "deslegitimar um direito" adquirido. Para os signatários, essa conduta não apenas denigre a imagem do funcionalismo público, mas atenta contra a dignidade profissional de qualquer trabalhador.

No púlpito, a voz coletiva ressoou: "Fomos expostos, desrespeitados e julgados. Agora, pedimos que a verdade seja ouvida."

A nota buscou traçar uma clara distinção entre a função política e o papel do servidor público. "Nós não somos políticos. Somos trabalhadores, concursados, chefes de família, cidadãos que, como qualquer outro araponguense, lutamos diariamente para pagar nossas contas e sonhamos em oferecer uma vida melhor para nossos filhos", detalha o documento. O texto sublinha o comprometimento técnico e a dedicação dos funcionários ao longo de anos para o bom funcionamento do Poder Legislativo, classificando como "covarde e inaceitável" a utilização de seus salários como "arma política".

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Um dos pontos de maior atrito evidenciado na leitura foi a questão do "Auxílio-Saúde", projeto que foi retirado de pauta de votações e que previa a criação de um auxílio-saúde para vereadores e servidores do legislativo. Os servidores refutaram a tentativa de "demonização" do benefício por parte de alguns vereadores, enfatizando que se trata do "resultado de uma luta de anos" e não de um privilégio, mas sim de uma busca por "condições de trabalho mais dignas". Para endossar a legitimidade da iniciativa, a nota mencionou que o projeto foi elaborado com "máxima responsabilidade legal e fiscal" e obteve parecer positivo do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), que "não apontou qualquer impedimento para sua criação".

A "narrativa cruel" de "distorcer os fatos e nos jogar contra a opinião pública" foi veementemente condenada. Os servidores expressaram a profunda mágoa e o sentimento de injustiça diante de táticas que, segundo eles, expõem indevidamente sua reputação.

"Não merecemos ter nossos rostos e nossa reputação expostos por quem deveria, em primeiro lugar, zelar pelo bom funcionamento da Casa Legislativa e por seus servidores."

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O apelo final da nota foi dirigido à população de Arapongas, instando-a a não se deixar enganar por discursos populistas que visam apenas o ganho político e engajamento. Os funcionários solicitaram que a comunidade os enxergasse como "pessoas comuns, trabalhadores honestos que carregam uma responsabilidade enorme em seus cargos e que estão sendo usados como peões em um jogo que não é nosso".

A leitura do documento culminou com uma exigência categórica:

"Exigimos respeito. Exigimos que a verdade seja restabelecida e que os debates públicos sejam pautados pela honestidade, e não por ataques pessoais e informações distorcidas. Nossa luta não é por privilégios, mas por dignidade — um direito fundamental de todo trabalhador."

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A manifestação desta quarta-feira na Câmara de Arapongas promete acirrar ainda mais o debate público sobre a conduta política local e o papel do funcionalismo. Ao declarar que "não se calarão diante dessa exposição injusta e lutarão até o fim por mais respeito", os servidores sinalizam que o embate está longe de terminar e que a busca por dignidade e reconhecimento será travada de forma intransigente. Os próximos passos da Casa Legislativa, diante de tal demonstração de descontentamento, serão acompanhados com atenção.

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