Natural de Arapongas (PR), a psicóloga Nájila Bisca, 37, lembra com emoção do dia 6 de dezembro de 2018 quando ficou frente a frente com o Papa Francisco no Vaticano. Vestida de noiva, ela e o marido Antonio Beloti Neto, 41, receberam a tradicional bênção matrimonial do pontífice, que morreu nesta segunda-feira (21). Veja fotos abaixo
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Pais de um casal, Nájila e o marido vivem em Londrina. Eles receberam com tristeza nesta segunda-feira a notícia da morte do papa, que marcou a vida dos dois.
“O nosso maior sonho era receber a bênção do papa como noivos”, conta a psicóloga araponguense. Ela diz que o casal encontrou o papa durante a lua de mel na Europa, mas o foco principal da viagem foi receber a bênção do santo padre.
“Nós somos muito religiosos e sempre admiramos muito o papa Francisco. Quando a gente começou a namorar, a gente já sabia que o nosso namoro e o nosso casamento era um plano de Deus. E, quando a gente casou, receber a bênção matrimonial do papa foi o nosso maior sonho”.
Ela lembra do nervosismo daquele dia. A bênção matrimonial ocorre às quartas-feiras e os casais precisam estar vestidos a caráter. “Foi muito emocionante. Eu lembro que na noite anterior eu falei pro meu marido: vamos dormir porque eu quero acordar às 4 horas da manhã para me arrumar, porque eu quero sentar na primeira fileira. Eu coloquei um tênis debaixo do meu vestido de noiva, porque eu queria correr para pegar o lugar na frente”, conta.
O portão abria às 7 horas, mas a audiência papal acontecia às 11 horas. “Quando abriu (os portões), eu corria na frente do meu marido e falava: me segue. E a gente realmente foi o primeiro casal na primeira fileira”, lembra.
Nájila levou uma bandeira do Brasil e conversou com o casal paranaense. “Ele falou: meus amigos brasileiros, de onde vocês são? Foi super querido e atencioso com a gente. Então, a gente falou que era de Londrina. Ele perguntou: qual estado? Eu falei, Paraná. Ele falou: eu só conheço Curitiba”, relembra com detalhes do diálogo daquele dia.
Nájila afirma que o papa tem uma grande importância para a geração dela. “É uma geração que está tão carente, uma igreja em sofrimento. A gente sabia que ele representaria essa mudança para nossa geração. O meu marido diz: palavras convertem, testemunho arrasta. O Papa Francisco é a própria imagem do testemunho. Agora de manhã eu vi cardeais falando que o papa dizia que eles deveriam ser pastores com cheiro de ovelha. Ele foi a prova disso. O papa fez a diferença mesmo. Ele não era só palavra, ele era ação”, diz a psicóloga, mãe de Enrico de seis anos e Maria Estella de dois.
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