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Coleção Vaga-Lume mantém fãs após completar 50 anos de história

Série de livros infantojuvenis foi responsável por influenciar diversas gerações de leitores no Brasil; veja reportagem em vídeo

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.03.2024, 11:43:00 Editado em 09.04.2024, 17:47:24
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Quem foi criança ou adolescente em meados das décadas de 70, 80 e 90 tem grandes chances de ter tido contato com alguns dos livros da Coleção Vaga-Lume. A famosa série de livros infantojuvenis começou a ser publicada pela editora Ática em 1973 e já acumula um total de 106 livros lançados. (Reportagem em vídeo abaixo)

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Em 2023, a coleção completou 50 anos e continua com livros publicados. Desde de “A Ilha Perdida” (1973), estreante e um dos maiores sucessos de público, até “Os Marcianos” (2021), último título lançado da coleção, foram diversos livros que misturaram humor, aventura, suspende e mistério, e foram responsáveis por influenciar e formar diversas gerações de leitores no Brasil.

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Um desses casos é o da professora de Português, Elaine Pinheiro. Moradora de Arapongas e fã da coleção, ela considera os livros da Vaga-Lume um divisor de águas durante a adolescência e uma porta de entrada para o universo da leitura.

“Eram histórias que pareciam com o universo adolescente. Naquela época não tinha internet, não tinha série, não tinha vídeo. O que atraía muito mais que hoje até, é a leitura. E a coleção Vaga-Lume fez parte da minha formação leitora. Foi através da Vaga-Lume que eu me apaixonei pela leitura, pela literatura”, disse Elaine.

A então adolescente Elaine se encantou por diversos títulos da coleção. No entanto, ela pontua dois livros como os favoritos: “O Escaravelho do Diabo”, marcado pelo mistério, e “Zezinho, O Dono da Porquinha Preta”.

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“Eu lia obras como “O Escaravelho do Diabo”. E aí eu comecei a ler aquele livro de mistério em que o assassino entregava um escaravelho antes de matar o personagem. Então eu acredito que “O Escaravelho do Diabo” foi uma das obras que marcou muito. Mas a obra “Zezinho, O Dono da Porquinha Preta”, foi um divisor na minha vida. Porque foi através desse livro que eu pude ver a literatura como ela é, sentir a literatura”, afirmou.

No entanto, o apreço que a professora possui pelos livros da Vaga-Lume ainda pode continuar presente e tendo o mesmo efeito na geração seguintes da família da Elaine, que já começou a incentivar uma das filhas dela a ter contato com os livros.

“Agora que eu tenho as minhas filhas, penso em passar para elas esse amor pelos livros. A minha filha mais velha, que está nessa fase dos 12 anos, já começou a ler o primeiro livro. Então, acredito que pode ser uma porta de entrada ali para ela começar também a ler pelo prazer. Não só porque é necessário, porque é obrigado”, disse a professora.

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Hoje, passado o auge da procura pelos livros, a Coleção Vaga-Lume permanece viva e presente em sebos e bibliotecas. A Biblioteca Pública Municipal de Arapongas “Machado de Assis”, ainda possui em seu acervo muitos dos livros da coleção. Porém, segundo Cris Xavier, responsável por eventos e atividades da biblioteca, muitas das crianças e adolescentes que vão até a biblioteca nem conhecem os livros da coleção.

“Eles não conhecem. Às vezes, eles nem sabem o que é uma biblioteca em si. Estamos recebendo bastante crianças agora, no início do ano, trabalhando o livro mesmo. Mas geralmente eles não se apegam, eles querem subir para ler enciclopédias, bibliografias, um estilo de leitura diferenciada, da época que foi a Vaga-Lume. Na minha época, final de 70, 80, 90 (foi o auge), no início de 2000, 2010, aí baixou mesmo a procura pelos livros da coleção mesmo”, afirmou Cris.

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Mas apesar da baixa procura e da falta de conhecimento das novas gerações pelos livros da Vaga-Lume, a professora Elaine ainda acredita que os livros da série podem, sim, serem utilizados e servirem como porta de entrada das novas gerações para o mundo da leitura.

“A literatura é um gancho para a vida, para você conhecer mundos, conhecer autores, conhecer a história. E a obra Vaga-Lume vai trazer a nossa história do Brasil, a história dos nossos jovens, mistérios, cenários diferentes. Então, por que não, até hoje, a gente trazer essa obra para os nossos jovens? As bibliotecas estão cheias desse material, esperando pelos nossos jovens para começar a fazer a leitura”, finalizou.

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Por Gabriel Carneiro

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