Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que é o órgão do Comando da Aeronáutica responsável pelas atividades de investigação de acidentes aeronáuticos da aviação civil e da Força Aérea Brasileira, estará em Arapongas na tarde desta segunda-feira (27) para fazer os primeiros levantamentos sobre o acidente aéreo ocorrido no último sábado (24), em que morreu o paraquedista Luiz Carlos Vieira, 51 anos.
A equipe do Cenipa é do Seripa – Serviços Regionais de Investigação de Acidentes Aeronáuticos, da 5ª regional (Seripa V), sediada em Canoas, no Rio Grande do Sul. A equipe chega a Londrina no início da tarde e se desloca para Arapongas. Os Seripas são os órgãos encarregados do planejamento, gerenciamento e execução das atividades de segurança de vôo dentro das áreas de abrangência. São sete regionais do órgão espalhadas no território nacional, sediadas em Canoas, Brasília, São Paulo, Manaus, Rio de Janeiro, Recife e Belém.
As investigações do Cenipa, no entanto, não são focadas em apontamentos de eventuais culpados pelo acidente. A preocupação do órgão é fazer uma análise técnico-científica do acidente ou incidente aeronáutico para aprendizado, que se traduz em recomendações de segurança específicas e objetivas sobre procedimentos, equipamentos, habilidades e conhecimentos das atividades aéreas.
No acidente, que aconteceu por volta das 16 horas de sábado, com a aeronave prefixo PP XID, além de Luiz Vieira, vítima fatal, duas pessoas, que estavam no avião, ficaram feridas. Um rapaz de 18 anos, filho da vítima fatal, e um outro piloto.
De acordo com as informações iniciais da administração do Aeroporto Alberto Bertelli, que fica na PR 218, saída para Sabáudia, o avião estaria apto para vôos. A aeronave havia feito um vôo local, de lazer, quando aconteceu o acidente, na hora do pouso.
De acordo com informações iniciais, a partir de testemunhas, durante o procedimento de pouso, uma das asas do avião chegou a tocar o solo e a aeronave saiu da pista, parando apenas há uns 80 metros, no gramado lateral. Luiz Vieira teria sido ejetado e o avião teria atingido ele. O instrutor de paraquedismo morreu no local, antes mesmo do socorro médico chegar ao local.
O filho de Luiz Vieira e o outro piloto foram levados para o Honpar e liberados ainda na noite de sábado.
O avião, que comporta até 6 pessoas, permanece no mesmo local desde o acidente e só deve ser liberado e removido após os levantamentos que serão feitos pela equipe de investigadores do Cenipa.
A aeronave, segundo a administração do aeroporto, pertence ao clube de paraquedistas, o Skydivers, do qual Luiz Vieira era um dos fundadores. Ele atuava há mais de 30 anos em Arapongas e região.
A pista do Aeroporto de Arapongas ficou interditada no sábado, mas já no domingo foi liberado para pousos e decolagens.
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