Bombeiros detalham resgate e falta de proteção na pista da PR-444
Militar relatou dificuldade na remoção do motorista do caminhão e analisou a dinâmica da colisão
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O Corpo de Bombeiros de Arapongas classificou como "gravíssima" e de alta complexidade a ocorrência registrada na noite de segunda-feira (22) na PR-444, que vitimou cinco pessoas. A corporação detalhou os esforços para a remoção dos corpos, todos presos às ferragens, e apontou a ausência de divisão física na pista dupla como um fator determinante para a fatalidade.
- LEIA MAIS: Três vítimas de grave acidente em Arapongas são identificadas
O acionamento ocorreu por volta das 23h57. Segundo o subtenente Leal, as informações iniciais já indicavam múltiplas vítimas e possíveis óbitos. Foram deslocados um caminhão de combate a incêndio e resgate (BTR), uma ambulância e viaturas de apoio, além da solicitação de suporte básico e avançado do Samu devido à magnitude do acidente.
Ao chegarem ao local, os socorristas constataram que não havia sobreviventes. A operação de desencarceramento, no entanto, exigiu trabalho técnico intenso.
Dificuldades no resgate De acordo com o subtenente, a posição em que os veículos pararam dificultou o acesso às vítimas. O trabalho mais árduo concentrou-se no caminhão Mercedes Benz.
“Deu trabalho para fazer a retirada do condutor do caminhão. Apesar de ele estar preso apenas pelo braço, a dificuldade de acesso era grande porque o veículo havia capotado”, explicou o militar. Somente após a perícia da Polícia Científica e da Polícia Civil liberar a cena, a equipe conseguiu extrair o motorista e, na sequência, as quatro vítimas que estavam no Volkswagen Polo.
Dinâmica e perigos da rodovia A análise preliminar dos Bombeiros, baseada nas marcas no asfalto e relatos de testemunhas, indica que o caminhão que trafegava sentido Arapongas-Mandaguari teria tombado na curva e atingido o carro, que subia no sentido oposto.
O subtenente destacou que as características geográficas do trecho uma baixada com curvas sequenciais aliadas à falta de infraestrutura de segurança, potencializam a gravidade dos acidentes.
“É uma pista dupla, porém ela não tem uma defesa de divisão de pista [mureta central ou guard-rail]. Então, qualquer problema que ocorre com um veículo numa curva, ele acaba invadindo a outra pista, que foi o caso que aconteceu ali”, analisou o bombeiro.
Para a corporação, embora fatores como falha mecânica, chuva ou mal súbito possam ter causado o tombamento inicial, a existência de uma barreira física poderia ter mudado o desfecho. "Se tivesse a defesa metálica ou divisão de pista, talvez o risco de acidentes tão graves fosse minimizado", concluiu.
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