Audiência pública discute moradores em situação de rua em Arapongas
A discussão foi proposta pelo vereador Paulo Grassano (PP), que propôs um projeto de lei que implanta uma política de cadastramento e acompanhamento

A população em situação de rua de Arapongas (PR) foi tema de uma audiência pública nesta terça-feira (30), na Câmara de Vereadores. A discussão foi proposta pelo vereador Paulo Grassano (PP), que propôs um projeto de lei que implanta uma política de cadastramento e acompanhamento dessa população. Segundo o vereador, dada a complexidade do tema, a audiência visa abrir espaço para vários pontos de vista. Veja o vídeo no final do texto
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“É difícil, mas precisamos unir forças. Temos muita gente que ajuda, que faz um trabalho muito bom, mas é necessária uma ação conjunta, integrada”, acredita o vereador.
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Para ele, o assunto preocupa toda a sociedade, dado os índices atuais de pessoas em situação de rua.
"Não apenas em nossa cidade, mas em todo o país, temos um crescimento de mais de 25% da população em situação de rua. Então, propus essa audiência pública para nós escutarmos bons exemplos de outras cidades, escutarmos também a população em geral, pessoas que entendem, que já trabalham nessa área a muitos anos, para que possamos ter ideias, projetos e também melhorar os projetos que já estamos propondo, para que a gente possa olhar por essa população e fazer a diferença por elas", pontua.

Grassano também é autor de projeto que institui campanha permanente de conscientização contra esmolas. "Já fizemos um projeto aqui sobre a conscientização a respeito de dar esmolas".
Segundo o vereador, o tema também divide a sociedade. Já que, para ele, existem ao menos dois seguimentos a respeito da forma com que as pessoas tratam o assunto.
"Temos duas vertentes, as pessoas que querem ajudar essas pessoas [em situação de rua], e temos também as pessoas que se se sentem ameaçadas, constrangidas com a população aumentando nas portas de seus comércios", explicou.
O vereador acredita que a partir de um debate aberto é possível que o município encontre as melhores alternativas.
"Nosso principal objetivo é debater maneiras para resolver esse problema. É um trabalho longo e complexo, mas é um tema necessário, diz.
O vereador de Apucarana, Guilherme Livoti (União), também participou do evento e destacou que o assunto também é uma preocupação em Apucarana.
"É um tema parecido com o que vivemos em Apucarana, e é importante que como região a gente possa se integrar para entender as soluções que são possíveis para esse tema", disse.
Livoti também pontuou que "É um problema que o centro de Apucarana e aparentemente de Arapongas vem enfrentando".
Para ele, há três tipos de moradores de rua que vagam pelas cidades.
"Sempre destaco que há três tipos de pessoas que estão em situação de rua: as pessoas que estão em vulnerabilidade social, que precisam de acolhimento da assistência social, além da pessoa em situação de droga, que precisa de tratamento, além do criminoso em situação de rua, que se aproveita da situação para cometer crimes", explicou.
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