Desde 2020, o município de Arapongas, no norte do Paraná, registrou um total de 25 adoções, uma média de cinco por ano. No Paraná foram mais de 3,5 mil crianças e adolescentes adotados nos últimos seis anos, conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26) em alusão ao Dia Nacional da Adoção, celebrado em 25 de maio.
'"A adoção e a oportunidade de uma criança e um adolescente poder viver em um ambiente familiar , acolhedor e afetuoso, o que é fundamental para o seu desenvolvimento. A adoção transforma vidas", ressalta Fernanda Freire Figueira, psicóloga da Vara de Infância e Juventude de Arapongas.
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Segundo a psicóloga, o número de adoções concretizadas em Arapongas é considerado positivo e no momento há 34 famílias habilitadas para adotar. Contudo, ainda há um importante caminho a ser percorrido, visto que a adoção é permeada de muitos estigmas e preconceitos.
"Há preconceito em relação a origem da criança, ideia de que filhos adotados podem dar problemas, que o processo de adoção é muito burocrático e demorado, dizendo que a justiça não funciona", aponta.
"É preciso compreender a adoção como uma chance de construir laços, fortalecer famílias e oferecer um futuro de oportunidades. Além disso, a adoção é uma via legitima de se tornar pai e mãe, e também uma via da criança ou adolescente se tornar filho. Para tanto, o processo de adoção deve ser realizado com responsabilidade, respeito e amor, sempre priorizando o bem-estar da criança", enfatiza.
No Paraná são quase 600 crianças e adolescentes que vivem em abrigos esperando a oportunidade de encontrar uma família, sendo a maioria na faixa etária dos 6 a 17 anos.
No último domingo (25), o Brasil comemorou o Dia Nacional da Adoção, e nesta semana a comarca de Arapongas promove o I Encontro de Habilitados a Adoção: o processo de espera para adoção e a partilha de experiências de famílias que já adotaram”.
"A adoção é uma maneira legítima de construir família. Realiza o desejo de adultos que querem ser pais e mães, assim como realiza o desejo de crianças e adolescentes serem filhos", enfatiza a psicóloga Juliana Bortolo Sanchez, da Vara de Infância e Juventude de Arapongas.
Para quem pensa em adotar, a orientação é buscar a Vara da Infância e Juventude da cidade em que reside para receber as informações sobre o processo e documentação necessária, mas, especialmente, é preciso estar preparado para oferecer um ambiente acolhedor e seguro para a criança e/ou adolescente, pois se trata de um laço para toda a vida.
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