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Arapongas promove treinamento para implante contraceptivo

Capacitação envolveu enfermeiros e médicos no Cisam

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Arapongas promove treinamento para implante contraceptivo
Autor Serviço será ofertado de forma gratuita - Foto: Divulgação/Prefeitura

Arapongas é um dos 38 primeiros municípios do Paraná a ser contemplado com a primeira fase da incorporação do implante subdérmico contraceptivo de etonogestrel ao Sistema Único de Saúde (SUS). O método, conhecido comercialmente como Implanon NXT, pode ter custo de R$ 2 mil a R$ 4 mil no setor privado e passa a ser oferecido gratuitamente na rede pública, o que amplia significativamente o acesso a uma tecnologia de ponta para adolescentes e mulheres e significa um salto em planejamento reprodutivo para a saúde pública do Estado.

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A fim de garantir a segurança e o cuidado com a nova tecnologia, a Prefeitura de Arapongas reuniu médicos e enfermeiros no Centro Integrado da Saúde da Mulher (Cisam) nesta semana para uma capacitação com representantes do fabricante.

“Arapongas sai na frente com os treinamentos a respeito da aplicabilidade do implante subdérmico, que vai entrar dentro do braço da mulher. É um novo método contraceptivo que o SUS vem adotando, muito importante para reforçar ainda mais a lista de métodos contraceptivos no nosso município. Então, é um avanço e é importantíssimo para o SUS em Arapongas”, avalia o secretário municipal de Saúde, Carlos Eduardo Arruda. O método estará disponível em breve na rede municipal de Saúde.

No fim de novembro, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), promoveu uma oficina de qualificação de profissionais dos 38 municípios referências das 22 Regionais de Saúde.

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Implante

O implante subdérmico de etonogestrel é um contraceptivo reversível de longa duração (LARC), com eficácia de até três anos e retorno rápido da fertilidade depois da remoção. Considerado altamente eficaz, o método reduz falhas comuns relacionadas ao uso contínuo de anticoncepcionais diários ou mensais. A incorporação ao SUS foi estabelecida pelas portarias MS nº 47 e 48, de 8 de julho de 2025, com previsão de distribuição nacional de 500 mil unidades ainda em 2025 e expansão para 1,8 milhão até 2026.

Incorporar métodos contraceptivos de alta eficácia como o implante é uma estratégia fundamental para o enfrentamento da gestação não intencional. Dados da Pesquisa Nascer no Brasil II (2021/2023) indicam que de 33% a 40% das gestantes avaliadas não planejaram gravidez. Em 2022, os partos de parturientes até 19 anos representaram 12,3% de todos os nascimentos no Brasil.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, ressaltou que a iniciativa representa um avanço significativo na oferta de métodos contraceptivos e no fortalecimento dos direitos sexuais e reprodutivos. “Ampliar o acesso ao implante é dar mais autonomia e segurança às mulheres paranaenses. Estamos garantindo uma rede preparada, com profissionais qualificados e um método moderno, eficaz e seguro. Investir em planejamento reprodutivo é investir em saúde, dignidade e futuro”, disse.

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O dispositivo será disponibilizado para adolescentes e mulheres em idade fértil, de acordo com critérios de elegibilidade definidos pelo Ministério da Saúde. Ele se soma ao conjunto de métodos já ofertados pelo SUS, como DIU de cobre, pílulas, injetáveis, preservativos, laqueadura e vasectomia.

Oficina e treinamento

A oficina de qualificação reuniu cerca de 150 profissionais entre médicos, enfermeiros e gestores das 22 Regionais de Saúde, bem como representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren/PR) e do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/PR). Durante o treinamento, foram distribuídos kits contendo cartilhas, aplicadores e placebos, assim como um treinamento em braços anatômicos com materiais de simulação para a prática das técnicas de inserção e retirada. Os gestores municipais também participaram de discussões sobre organização da oferta, fluxos assistenciais e planejamento territorial.

A enfermeira e consultora técnica da Coordenação Geral de Atenção à Saúde das Mulheres (CGESMU) do Ministério da Saúde, Camila Farias, frisou que a ampliação de ofertas é uma estratégia da pasta para dar mais liberdade e autonomia às mulheres. Segundo a profissional, o implante é o método reversível de longa duração mais seguro e eficaz disponível atualmente e o objetivo é oferecer essa segurança para toda a população brasileira, para que possa se prevenir contra as gestações não planejadas.

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"Estamos aqui para reforçar a importância da habilidade técnica, fornecer o insumo e a informação adequada para a população. Temos que fortalecer todos os métodos [contraceptivos] e entender qual o melhor para aquela pessoa que busca a unidade de saúde. O objetivo é fortalecer o que temos no SUS e reforçar que estamos incorporando novas tecnologias para dar acesso à população", concluiu.

Distribuição

O Paraná recebeu 25.620 unidades do implante contraceptivo, que foram integralmente distribuídas aos municípios. Inicialmente, 38 municípios com mais de 50 mil habitantes foram contemplados, conforme diretrizes federais. A previsão é de que, no próximo semestre, o método esteja disponível em todas as 22 Regionais de Saúde, ampliando o acesso ao planejamento reprodutivo em todo o Estado. O dispositivo será disponibilizado para adolescentes e mulheres em idade fértil, conforme critérios de elegibilidade definidos pelo Ministério da Saúde.

A chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi, pontuou que o Paraná já estrutura os próximos passos da implantação. As Regionais de Saúde, em conjunto com os municípios, organizarão os fluxos, definirão as equipes qualificadas e ampliarão gradualmente a oferta do implante.

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“A incorporação representa uma garantia de direitos na escolha e no momento de ter filhos e para aquelas mulheres que muitas vezes não podem fazer uso de outros métodos já disponíveis no SUS. A mensagem é de ampliação do acesso, acolhimento e utilização das consultas de planejamento sexual e reprodutivo como uma oportunidade de promoção à saúde das mulheres”, afirmou.

Entre os 38 municípios contemplados nessa primeira fase estão ainda Almirante Tamandaré, Apucarana, Araucária, Cambé, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Mourão, Cascavel, Castro, Cianorte, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Ibiporã, Irati, Londrina, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Medianeira, Palmas, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, Prudentópolis, Rolândia, São José dos Pinhais, Sarandi, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória. (Com informações da Agência Estadual de Notícias).


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