A Companhia de Desenvolvimento de Arapongas (Codar), que estava com sérios problemas de caixa no início de 2017 e, inclusive, foi denunciada na Promotoria Pública pelo novo prefeito Sérgio Onofre da Silva (PSC) como sendo alvo de desvio de recursos por parte da sua diretoria anterior, já voltou à normalidade e está funcionando a contento. Quem garante é o próprio prefeito, que nesta semana fez um levantamento das atividades desta companhia que executa os programas de pavimentação asfáltica e melhorias das ruas e avenidas da cidade, além de outros serviços de infraestrutura urbana.
O prefeito lembra que, quando a atual administração municipal assumiu o comando da Codar em janeiro de 2017, a companhia, que é uma empresa público-privada, tinha uma dívida de R$ 1.168.000, mais impostos que estavam todos parcelados, porém com parcelas que não foram pagas. Além disso, estava com seu quadro de funcionários inchado, segundo ele, em função de contratações desnecessárias. Conforme assinala, havia funcionários contratados sem nenhuma função ou fora de função.Para recuperar as finanças e o poder de produção da Codar, Sérgio Onofre assinala que a administração municipal teve que primeiro enxugar a máquina administrativa, com a demissão de todos os servidores contratados desnecessariamente ou fora de função.
“Conseguimos reduzir o número de funcionários de 120 para 80”, informa o prefeito, acrescentando que outras medidas internas foram tomadas no sentido de tornar a companhia eficiente e auto suficiente, entre elas, o corte de horas extras. Com isso, a folha de pagamento foi bastante reduzida. No seu entender, também não cabe à Codar, por exemplo, fazer a coleta seletiva do lixo, função que lhe foi tirada. Isso porque o estatuto da companhia não prevê este tipo de trabalho. “A Codar foi criada para fazer asfalto e não adianta a gente fugir disso. Se você colocar a Codar para fazer o que não sabe, ela acaba se tornando cara, acaba dando prejuízo, porque produz com mais lentidão”, analisa Onofre.O prefeito observa que a Codar, que é 99% do Município e 1% da iniciativa privada, tem que trabalhar e produzir para ser auto suficiente. “Não precisa dar lucro, mas também que não dê prejuízo”, diz.
Em função das medidas tomadas, Onofre destaca que “a Codar hoje trabalha e fatura aquilo que faz”. Com isso, conseguiu fechar o ano de 2018 com um superávit de R$ 328 mil.O prefeito observa que em 2016 a então diretoria investiu recursos de R$ 8,8 milhões da Codar, dando um prejuízo de R$ 1,1 milhão. “Se somar os dois, são R$ 10 milhões que eles consumiram na Codar em 2016”, analisa.Já em 2017, sob o comando da atual gestão, foram aplicados do orçamento em torno de R$ 6,8 milhões; em 2018, foram R$ 7,7 milhões; e em 2019 há um orçamento estimado em R$ 9 milhões.Sérgio Onofre garante que hoje a Codar é viável, porque trabalha e produz para o Município e tem que se pagar. E com o dinheiro que o Município coloca na companhia hoje ela tem que ser e é auto suficiente. A companhia tem como presidente Davi Ribeiro, responsável pela sua administração junto com demais membros da diretoria.
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