Vereador revela nome de secretário que supostamente teria assediado servidora
Em sessão ordinária na Câmara Municipal, o parlamentar Lucas Leugi (PSD) voltou a falar sobre a denúncia feita na semana passada
Durante sessão ordinária realizada na noite de segunda-feira (13) na Câmara de Apucarana, o vereador Lucas Leugi (PSD) voltou a falar sobre o suposto caso de assédio, denunciado por ele na semana passada, envolvendo um integrante do primeiro escalão da Prefeitura. Em pronunciamento no plenário, Lucas Leugi apontou que o autor do assédio teria sido o secretário municipal de Agricultura, João Carmo da Fonseca, também conhecido como João da Emater.
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O vereador já havia levado a público, na sessão do último dia 6, a denúncia de assédio sexual que teria ocorrido dentro da Prefeitura de Apucarana, onde uma servidora municipal, com 10 anos de serviço, foi supostamente assediada por um superior hierárquico. Contudo, na ocasião, ele ainda não tinha revelado o nome do autor.
Na sessão desta segunda (13), Lucas Leugi denunciou João da Emater como suspeito pelo assédio e leu uma carta escrita pela vítima, que relata como teria ocorrido o assédio, além de reclamar sobre a falta de apoio após a denúncia feita internamente sobre o caso, que teria ocorrido no mês de maio.
O vereador disse que resolveu citar o nome do secretário porque a administração não teria tomado medidas mais contundentes em relação ao caso. "Na próxima segunda eu trarei esse assunto à tona de novo, talvez com mais personagens que participaram desse histórico que essa senhora vem passando", disse Lucas durante entrevista à imprensa após a sessão.
A Prefeitura afirmou, na semana passada, que o caso foi encaminhado aos órgãos competentes para apuração, bem como foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apuração interna dos fatos e responsabilidades cabíveis.
O parlamentar, contudo, disse que espera uma medida do município. "Nós temos que aguardar o posicionamento do Executivo para que diga se o secretário ficará ou não no cargo. Acontece que a cada dia que passa essa servidora pública é obrigada a conviver com esse secretário diariamente", completou Lucas.
Procurado pelo TNOnline, João da Emater disse que não falaria sobre o assunto, por enquanto, por orientação dos advogados. "Tenho muito a falar, mas no momento não posso. Os motivos são fortes para que eu não fale agora", afirmou.