Secretário de Agricultura vai à Câmara para falar sobre suposto caso de assédio
João Carmo da Fonseca, também conhecido como João da Emater, se antecipa a requerimento de convocação que deve ser votado no Legislativo

O secretário municipal de Agricultura de Apucarana, João Carmo da Fonseca, também conhecido como João da Emater, é esperado na Câmara de Vereadores, às 17 horas desta quarta-feira (29), para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de um suposto caso de assédio contra uma servidora da Prefeitura. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa nesta tarde concedida pelo presidente do Legislativo, Danylo Acioli (MDB), e pelo vereador Lucas Leugi (PSD), autor da denúncia contra o secretário.
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A reunião será realizada a portas fechadas na sala da Presidência da Casa. Segundo o Lucas Leugi, o secretário procurou a Câmara e, por "vontade própria", decidiu prestar informações no Legislativo. A ida de Joãozinho da Emater à Câmara ocorre antes da votação de um requerimento de convocação do secretário, que é assinado por quatro parlamentares: o próprio Lucas Leugi, o presidente Danylo e os vereadores Eliana Rocha (Solidariedade) e Odarlone Orente (PT).
O requerimento deve ser apreciado em regime de urgência na sessão desta quarta-feira, adiada por conta do Dia do Servidor Público.
Durante a coletiva, Danylo e Leugi também comentaram sobre o mandado de segurança obtido no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que liberou o autor da denúncia a falar sobre o assunto. Leugi havia sido proibido de tratar do tema em decisão da primeira instância.
Danylo Acioli classificou a decisão anterior como "teratológica" (absurda) e uma "surpresa muito desagradável". "No Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, com muito bom senso, nós tivemos uma decisão que diz o básico, diz o que é simples: que o vereador pode falar em nome da população e que o direito de fala do parlamentar é sagrado", disse.
O vereador Lucas elogiou a defesa das prerrogativas parlamentares feita pelo presidente, afirmando que a atitude garante a independência da Câmara para não ser um "puxadinho da prefeitura", como alegou ter visto "por muito tempo".
Por orientações dos advogados, o secretário municipal de Agricultura não tem falado com a imprensa sobre o tema.
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