Secretário de Agricultura pede exoneração após denúncia de assédio
João do Carmo da Fonseca encaminhou pedido de afastamento ao prefeito na manhã desta segunda-feira (3)
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O secretário municipal de Agricultura, João do Carmo da Fonseca, também conhecido como João da Emater, encaminhou pedido de exoneração do cargo nesta manhã de segunda-feira (3) ao prefeito Rodolfo Mota. A informação foi confirmada ao TNOnline pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Apucarana.
-LEIA MAIS: Vereador revela nome de secretário que supostamente teria assediado servidora
A decisão acontece após as denúncias, realizadas pelo vereador Lucas Leugi (PSD), que acusaram o secretário de ter supostamente assediado uma servidora municipal.
Após o pedido de exoneração, João da Emater mandou mensagens aos vereadores de Apucarana informando sobre a decisão de deixar o cargo durante as investigações sobre as denúncias.
Em nota, João da Emater negou ter praticado assédio. "A decisão foi tomada com o objetivo de preservar minha saúde e proteger minha família, que tem sofrido com a injusta exposição e a intensa perseguição moral, nas quais meu nome e minha imagem vêm sendo divulgados sem o devido respeito ao sigilo legal", afirmou. Veja abaixo na íntegra
NOTA DIVULGADA POR JOÃO DA EMATER
Em razão das recentes e não comprovadas acusações de assédio sexual, apresento meu pedido de afastamento do cargo de Secretário da Agricultura de Apucarana.
A decisão foi tomada com o objetivo de preservar minha saúde e proteger minha família, que tem sofrido com a injusta exposição e a intensa perseguição moral, nas quais meu nome e minha imagem vêm sendo divulgados sem o devido respeito ao sigilo legal.
Além disso, entendo que meu afastamento contribui para assegurar maior transparência à apuração dos fatos, afastando qualquer possibilidade de interpretação equivocada ou de parcialidade no curso da sindicância.
E assim, reitero meu profundo respeito às mulheres, que merecem consideração, dignidade e igualdade dentro e fora do ambiente de trabalho. Justamente por reconhecer a gravidade de uma acusação dessa natureza e suas consequências, defendo que os fatos sejam apurados com seriedade, responsabilidade e justiça, para que a verdade prevaleça e nenhuma das partes seja injustiçada.
E, reafirmo com serenidade e convicção que jamais cometi qualquer ato de assédio sexual. Tenho plena confiança de que, em breve, a verdade será comprovada e as acusações demonstradas como inverídicas.
Aguardo com tranquilidade a conclusão da sindicância instaurada, certo de que a verdade prevalecerá e de que será restaurada a imagem do homem que sempre fui: honesto, trabalhador e de caráter incorruptível.
Ressalte-se também o excelente trabalho desenvolvido à frente da Secretaria de Agricultura, pautado pela inovação, pelo apoio constante aos agricultores de Apucarana e pela implementação de projetos importantes voltados ao desenvolvimento rural e ao fortalecimento do setor no município.
Agradeço a todas as pessoas que têm manifestado apoio e confiança neste momento tão difícil, bem como ao prefeito Rodolfo Motta, pela oportunidade de exercer esta função e pelo companheirismo demonstrado ao longo do tempo.
Ao longo de 40 anos de serviços públicos, sempre atuei com dedicação, respeito e ética, sem jamais ter qualquer fato que desabone minha conduta profissional ou pessoal.
O caso
O suposto caso de assédio sexual envolveu o então secretário de Agricultura e uma servidora municipal com 10 anos de serviço, que alegou ter sido assediada por seu superior hierárquico dentro da Prefeitura de Apucarana, em maio. A denúncia pública foi feita pelo vereador Lucas Leugi (PSD), que, após levar o caso ao plenário, revelou o nome do secretário.
A vítima registrou um boletim de ocorrência e escreveu uma carta relatando o assédio e a falta de apoio interno. Na época, a Prefeitura informou ter instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apuração interna dos fatos e encaminhado o caso aos órgãos competentes, com os procedimentos tramitando sob segredo de justiça. O vereador vinha cobrando publicamente uma medida mais firme do Executivo.
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