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ATAQUE AOS TRÊS PODERES

Saiba quem é o apucaranense que será julgado no STF por atos golpistas

Morador da cidade está entre os quatro primeiros réus que terão ações julgadas no STF na quarta-feira (13)

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Saiba quem é o apucaranense que será julgado no STF por atos golpistas
AutorApucaranense mandou foto para esposa de Brasília em 8 de janeiro - Foto: Reprodução/Estadão

O apucaranense Matheus Lima de Carvalho Lázaro, de 24 anos, é um dos quatro primeiros réus que serão julgados pela depredação dos Três Poderes, em 8 de janeiro. O julgamento está marcado para esta quarta-feira (13) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em junho, o estadao. com.br, site do jornal o Estado de S. Paulo, conseguiu um perfil do morador de Apucarana com base em informações do processo. Ele foi preso com um canivete na noite do 8 de janeiro e deixou em Apucarana a mulher grávida. “É por isso que ‘nóis tá' aqui. Pra intervenção militar... O Exército tomar o poder, entendeu?”, ele disse em uma das últimas mensagens à esposa.

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“O Exército vem pra gente, amor. Isso que tô falando. O Exército não vai ‘vim’ contra nós. ‘Nóis tá’ fazendo intervenção militar”, acrescentou, em uma mensagem enviada enquanto ainda fazia parte do grupo que invadiu o Congresso Nacional.

As mensagens de Matheus para sua mulher fazem parte de um laudo de perícia criminal da Polícia Civil do Distrito Federal disponibilizado para a CPMI que investigou no Congresso os episódios de 8 de janeiro.

Segundo as informações da polícia, o apucaranense foi preso nas proximidades do Palácio do Buriti com uma camisa da Seleção Brasileira de futebol, uma jaqueta do Exército e um canivete de 16 cm.

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Ele nunca tinha sido preso antes. Informado sobre seu direito de permanecer em silêncio, ele contou sua própria versão dos fatos, segundo a reportagem do Estadão.

Para a polícia, Matheus disse que é entregador, ganha um salário mínimo, vai à igreja evangélica e gosta de jogar futebol. Também disse ser “bolsonarista e nacionalista” e ter participado ativamente de “movimentos” de oposição ao presidente eleito, como o acampamento de 60 dias em frente ao 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec), de Apucarana. Foi onde teria recebido o convite para participar da viagem a Brasília.

Junto com outros bolsonaristas da cidade e da região, ele viajou os mais de 1.100km que dividem Apucarana e Brasília e, segundo relatou à polícia, foi levado diretamente ao acampamento em frente ao QG do Exército, onde recebeu alimentação e aguardou o momento de marchar para a sede dos Três Poderes.

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CONVERSAS COM ESPOSA

O laudo policial apresenta trechos da conversa de Matheus com sua mulher durante todo o dia 8 de janeiro. Pouco depois das 10h, ele avisa que está saindo do acampamento e seguindo para onde iriam “invadir”. “A gente vai descer lá pro... Pra onde eles iam invadir”, disse.

A partir das 14h, mandou vídeos marchando junto com outros bolsonaristas e enviou fotos já no Congresso. Mas, a partir das 15h30, a esposa, gestante, começou a dar sinais de preocupação, mencionou que estava acompanhando pela televisão e questionou os atos “aqui tá mostrando na televisão já as pessoas quebrando as coisas, isso não pode porque isso é vandalismo”, disse ela.

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Matheus diz para ela não acreditar na televisão. “Tem que quebrar tudo, pra ter reforma, pra ter guerra amor. Guerra... Pro exército entrar... entendeu?”.

Ele diz a mulher que aquilo não era vandalismo, mas depois admite: " É vândalo, é vândalo mesmo. Acabou pacífico. É melhor... é melhor nós quebrar tudo aqui agora”. O golpista reproduz ainda a ameaça que marcou a campanha de 2022 de que o Brasil “viraria uma Venezuela”.

É nesse momento, pouco antes das 17h, que ele bate na tecla da intervenção militar. “É por isso que ‘nóis tá’ aqui. Pra intervenção militar... O exército toma o poder, entendeu?”, afirmou.

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Depois disso, ele só volta a falar com a mulher às 19h22, depois que o movimento foi dispersado pela polícia. Diz que está retornando para o QG e faz uma ligação por videochamada. A prisão ocorre logo depois, perto do Palácio do Buriti, antes de chegar ao QG.

Matheus, que confessou ter participado dos atos, postado vídeos em suas redes sociais, xingado o presidente eleito e clamado por intervenção militar, continua detido no presídio de Brasília. A última mensagem da esposa — “volta logo que estamos com saudades” — aparece sem resposta no laudo policial.

A defesa de Matheus não foi localizada pelo TNOnline. No processo, ele afirmou que foi a Brasília para participar de um "ato pacífico", sem intenção de invadir os Três Poderes. Os defensores afirma que o apucaranense foi “mero instrumento da ação de um grupo, o que foi feito por meio de um conjunto de técnicas de ciência persuasiva. E como mero instrumento da ação de terceiro o acusado não pode ser considerado culpado, eis que presente a ausência do potencial consciência da ilicitude”.

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Com reportagem do Estadão Conteúdo

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