Saiba por que helicópteros têm sobrevoado Apucarana

Na manhã desta quinta-feira (27), a imprensa foi convidada a participar de um evento no 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec), o "Café com a Imprensa", em Apucarana (PR).

Segundo o comandante do 30º BIMec, tenente-coronel Ubiratan, a iniciativa visa estreitar laços entre o batalhão e a comunidade local. "O batalhão é de todos nós e dentro do princípio da transparência, esse contato é fundamental para que possamos mostrar o trabalho do Exército e a dedicação dos nossos militares em prol da nação", afirmou.

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A Operação Atena tem chamado atenção da população local, tanto pelo volume de aeronaves envolvidas quanto pelos voos de baixa altitude. O treinamento inclui simulações de proteção de infraestruturas críticas, como a subestação de Ivaiporã, por onde passa aproximadamente 70% da energia gerada em Itaipu, abastecendo estados como São Paulo e o Distrito Federal. Veja mais fotos e vídeo abaixo.

O 30º BIMec, que já foi um batalhão motorizado, atualmente é mecanizado e utiliza viaturas blindadas Guarani para transporte de tropa. O treinamento com helicópteros fortalece ainda mais a capacidade operacional da unidade. "Não podemos esquecer nosso DNA: a infantaria. O treinamento com aeronaves é essencial para ampliar nossa mobilidade e capacidade de reação", ressaltou o comandante.

O 2º Batalhão de Aviação do Exército (2º BAvEx), de Taubaté (SP), trouxe para o exercício seis aeronaves: quatro helicópteros Pantera (médio porte) e dois Cougar (grande porte). Segundo o tenente-coronel Santos, comandante do 2º BAvEx, a operação é uma oportunidade para aperfeiçoar a pilotagem tática e preparar os tripulantes para diferentes cenários de combate e apoio humanitário.“O exercício teve início na segunda-feira (24) e se estenderá até sexta-feira (28), abrangendo atividades tanto em Apucarana quanto em outras cidades da região, ” disse Santos.

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Entre os militares participantes da Operação Atena, alguns estiveram recentemente envolvidos em missões de resgate, como na Operação Taquari, no Rio Grande do Sul. O sargento Lucas, especialista em resgate, relatou sua experiência durante os salvamentos em regiões alagadas. "Foi um dos momentos mais desafiadores da minha carreira. Precisamos tomar decisões rápidas, como quebrar telhados para acessar vítimas. O treinamento intenso é o que nos permite atuar em cenários extremos com eficiência", explicou.

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O evento também contou com a participação da sargento Suzart, mecânica de aeronaves do Exército, que destacou sua atuação na operação e a importância da inserção feminina em áreas estratégicas da aviação militar. "Eu sou terceiro sargento de aviação Manutenção. Formei no ano de 2021 e atualmente trabalho como mecânica ativa dessa aeronave. Assim que saí da formação, me especializei no modelo e fiquei apta a realizar manutenções de primeiro escalão e auxiliar os pilotos na orientação da aeronave", explicou.

Ela ressaltou ainda a importância da sua função nas operações. "Caso precisemos pousar em uma área confinada ou restrita, participo das manobras e do adestramento de tropas, incluindo a pilotagem tática, como estamos fazendo agora em Apucarana. Minha função é garantir a segurança da aeronave e sua operacionalidade durante as missões", completou.

Sobre a presença feminina na aviação do Exército, Suzart enfatizou o crescimento da participação das mulheres. "É uma responsabilidade muito grande, mas fico feliz de ver que, aos poucos, estamos conquistando nosso espaço em um ambiente tradicionalmente masculino. O Exército tem feito esforços para ampliar essa presença, e as mecânicas de voo começaram a atuar nessa área apenas em 2019. É algo muito recente e gratificante."

Quando questionada sobre o que diria às mulheres que sonham em ingressar na carreira militar, a sargento deu um conselho claro: "Em primeiro lugar, estudar. Fiz o concurso da ASA, que é bastante concorrido, com cerca de 100 mil candidatos por ano, homens e mulheres. Então, a dedicação é essencial. Pesquisar os editais, se preparar e persistir são passos fundamentais. Quem tem o sonho de ser militar e entrar no Exército não deve desistir", concluiu.

Com uma área de responsabilidade que abrange 126 municípios do Paraná, o 30º BIMec desempenha um papel vital na defesa e segurança da região. "Nosso lema é ser os sentinelas do norte do Paraná. Estamos sempre prontos para atuar, seja na defesa territorial, em operações humanitárias ou em missões internacionais", concluiu o comandante Ubiratan.

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Por Lis Kato