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Saiba o que é a febre do oropouche, que pode ter matado apucaranense

Morador de 57 anos da cidade morreu após contrair a doença; Saúde investiga o óbito

Da Redação

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Paraná soma seis casos confirmados da doença
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Paraná soma seis casos confirmados da doença
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.04.2024, 15:54:19 Editado em 25.04.2024, 16:00:27
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A confirmação da morte de um paciente de Apucarana que teve diagnosticada a febre do oropouche gerou preocupação na cidade. A vítima é um homem de 57 anos, que morreu em 15 de abril. Que doença é essa que agora também causa óbitos no município? Saiba mais sobre a doença abaixo

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A 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, está investigando se a causa da morte foi realmente a febre oropouche ou outro complicação. O órgão também apura se ele viajou recentemente para estados do Norte, como Pará, Rondônia e Amazonas, onde a doença tem mais casos. A única informação até agora é de uma viagem para Santa Catarina, onde não há registros da doença.

-LEIA MAIS: Paciente de Apucarana que contraiu febre do oropouche morreu em 15 de abril; saiba mais

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Ele trabalhava como representante comercial e foi diagnosticado após procurar atendimento no Lagoão, devido a sintomas inicialmente relacionados à dengue. O homem chegou a ser internado no Hospital da Providência. O nome dele não foi divulgado.

Na manhã desta quinta-feira (25), uma reunião na 16ª Regional de Saúde de Apucarana discutiu as providências que serão tomadas.

O número de casos de febre oropouche quadruplicou no Brasil neste ano. Enquanto em 2023 foram registrados 832 casos da doença, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou 3.354 apenas nas quinze primeiras semanas de 2024.

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Do total deste ano, 2.538 dos casos são em residentes dos Amazonas, seguidos por Rondônia (574), Acre (108), Pará (29) e Roraima (18). Fora da região Norte, Bahia (31), Mato Grosso (11), São Paulo (7), Rio de Janeiro (6) e Paraná (6) foram os Estados com maior número de registros da doença.

O que é

A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmiti do porartrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

Transmissão

A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

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Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.

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Sintomas

Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Neste sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.

Diagnóstico

O diagnóstico da Febre do Oropouche é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado. A FO compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata, em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.

Tratamento

Importante: Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

Prevenção

Recomenda-se: Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

Importante: Em caso de sintomas suspeitos, procure ajuda médica imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença.

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