A possível reativação do programa social Guarda Mirim, em Apucarana, foi um dos temas tratados pelo vereador Luiz Vilas Boas (PDT) e pela vereadora Eliana Rocha (Solidariedade) durante recente visita ao bispo da Diocese, Dom Carlos José de Oliveira.
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O programa social, extinto em 2013, visa a inclusão social e a preparação para o mercado de trabalho de adolescentes de 12 a 16 anos. “Gostaríamos que a Igreja Católica estivesse do nosso lado nesse resgate de jovens, ensinando uma profissão e garantindo o futuro. Este projeto é uma oportunidade para vítimas de preconceito social ou desestruturação familiar”, explica Vilas Boas.
Segundo ele, vereadores estão se organizando para defender a retomada do projeto. A ideia é criar uma organização não-governamental (ong) para viabilizar a reativação da Guarda Mirim. "Na segunda-feira, na primeira sessão ordinária do ano, vamos apresentar essa ideia aos vereadores e buscar apoio", diz.
A ideia é que a Igreja Católica ajude no aspecto de formação humana e cidadã. A Assembleia de Deus também foi convidada a participar do projeto, que começou a ser discutido no âmbito do Legislativo, nesse primeiro momento.
A vereadora diz que a Guarda Mirim é de extrema importância no desenvolvimento de meninos e meninas da comunidade apucaranense. “Nossos jovens precisam aprender desde cedo os valores da vida, através de regras e disciplina”, ressalta Eliana.
O bispo diocesano se colocou à disposição para apoiar o retorno das atividades da Guarda Mirim. “Acho maravilhosa essa ideia. Vou me colocar em oração para que esse projeto volte e ajude muitos jovens de nossa cidade”, complementa Dom Carlos José.
O projeto Guarda Mirim, criado em 1990 e extinto 2013, foi idealizado pelo ex-prefeito Valter Pegorer e dirigido pelo ex-comandante Odilon de Oliveira Barros. O programa era mantido pelo Centro de Promoção Humana São Benedito (Cephrusb) e visava inclusão social de adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade. O objetivo era desenvolver a cidadania e a responsabilidade dos jovens, além de prepará-los para o mercado de trabalho. Questões legais, por conta da atuação de menores de trabalho, ajudaram a enfraquecer o projeto.
O antigo prédio da Guarda Mirim, na Rua Bolívia, no Jardim Diamantina, pertence atualmente à Diocese. O espaço foi parcialmente destruído em um incêndio em 2022 e, na época, o bispo disse que a Diocese buscava dar uma destinação para o local.
No entanto, Vilas Boas afirma que a ideia não é retomar o projeto nesse local, já que a deterioração do imóvel é grande. Segundo o vereador, um imóvel deve ser alugado para a retomada do projeto. Segundo ele, a atual legislação permite a atuação de menores como aprendizes.
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