Réu por matar homem que olhou por cima de muro é condenado a 19 anos e três meses de prisão
O crime ocorreu em 9 de março de 2024 e ganhou grande repercussão nacional

Agnaldo da Silva Orosco, de 42 anos, foi condenado nesta quarta-feira (05) a 19 anos e três meses de prisão pelo assassinato de Bruno Emídio da Silva Júnior, de 33 anos, no distrito de Pirapó, em Apucarana (PR). O crime ocorreu em 9 de março de 2024 e ganhou grande repercussão nacional.
O julgamento, realizado no Fórum de Apucarana, foi presidido pela juíza Carolina Carrijo e durou doze horas.
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O Ministério Público sustentou a tese de homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e por recurso que impossibilita a defesa da vítima.
A defesa do réu, por sua vez, alegou que o acusado não tinha a intenção de matar a vítima e apresentou a tese de legítima defesa putativa, que ocorre quando alguém, ao se imaginar em situação de legítima defesa, reage a esta suposta agressão injusta.
Relembre o caso
Segundo a investigação da Polícia Civil, Bruno participava de uma confraternização em uma casa na Rua João Batista Judai quando ouviu disparos vindos do imóvel vizinho. Preocupado, ele subiu em um suporte de botijão de gás para observar o que ocorria por cima do muro. Nesse momento, foi atingido por um tiro no rosto, que resultou em sua morte imediata.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas o disparo foi fatal. Testemunhas confirmaram à polícia que a vítima apenas tentava entender o motivo dos tiros quando acabou baleada.
Na residência do acusado, os agentes apreenderam um verdadeiro arsenal: uma espingarda de pressão modificada para calibre .22 com luneta, uma escopeta calibre 12, além de munições de calibres .380, .22 e 12, carregadores e diversos estojos deflagrados.
