Proporção de moradores em apartamentos cresce em Apucarana

A proporção de moradores em apartamentos cresceu em Apucarana (PR) nos últimos 12 anos. Dados detalhados sobre as características dos domicílios divulgados na sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 7% da população apucaranense reside atualmente em apartamentos, o que corresponde a quase 3,4 mil domicílios particulares ocupados. No Censo de 2010 a porcentagem registrada era 4,8%, ou seja, 1,8 mil domicílios. Em números absolutos, a predileção por esse tipo de moradia cresceu 89%, o que demonstra o processo de verticalização das impulsionado sobretudo pelo Plano Diretor de 2015 que ampliou as áreas para construção de edifícios em Apucarana.

Os dados mostram ainda que o número de pessoas que vivem em casas também cresceu no município. Em 2010 eram 36,5 mil domicílios com este perfil, número que saltou para 44,5 mil, alta de 22%. Na região do Vale do Ivaí, mais Arapongas, o Censo IBGE aponta que 97,8% dos domicílios particulares permanentes são casas e apenas 1,8% são apartamentos.

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A nível estadual, a proporção da população que reside em apartamentos passou de 7,1% para 13,2%. O índice estadual é levemente menor do que a média nacional, que é de 14,8%. Segundo o analista do IBGE, Bruno Perez, o aumento expressivo de apartamentos em relação ao último Censo reflete uma concentração da população nos grandes centros urbanos. “Essa verticalização é uma resposta ao adensamento da população dos municípios, principalmente nas áreas de região metropolitana e nos centros das cidades maiores”, afirma.

Em nível estadual, as cidades com maior concentração de pessoas morando em apartamentos são Curitiba, com 33,6% da população, Londrina (29,6%), Maringá (29,1%), São José dos Pinhais (23%) e Cascavel (21,4%). Dos 399 municípios paranaenses, 47 não possuem pessoas residindo em apartamentos.

Por outro lado, a porcentagem de pessoas que residem em casas no Paraná caiu nos últimos 12 anos, passando de 91,6% no Censo de 2010 para 84,3% no Censo de 2022. Apesar da queda, o Paraná permanece a ser o estado com mais pessoas que moram neste tipo de imóvel, a frente do Rio Grande do Sul, com 79,7%, e de Santa Catarina, com 77,2%.

De acordo com os critérios utilizados pelo IBGE, também são considerados na lista 2,3% de pessoas residentes em casas dentro de vilas ou condomínios fechados. Há ainda um residual de 0,09% de moradores vivendo em cômodos ou cortiços e de 0,02% em estruturas degradadas ou inacabadas, o que coloca o Paraná entre os estados com menor proporção deste tipo de domicílio no Brasil.