Um homem, de 30 anos, foi preso na última sexta-feira (4) suspeito de forjar o próprio sequestro para extorquir R$ 180 mil do pai, o caso foi registrado em Apucarana. Durante quatro dias a vítima recebeu mensagens com ameaças, fotos do filho e pedidos de dinheiro.
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Três suspeitos foram encaminhados para a delegacia, e liberados após a audiência de custódia. Durante o depoimento o filho negou ter aplicado o golpe no pai e alegou tinha sido sequestrado por policias de São Paulo. Segundo ele, o cativeiro estava sendo monitorado por drones.
Veja as mensagens-
Os prints da conversa foram registrados no boletim de ocorrência no dia 3 de julho e a prisão aconteceu na sexta-feira (4). A Polícia Civil do Paraná não sabe se as mensagens foram enviadas pelo filho ou por um terceiro. O delegado André Garcia contou que no momento da prisão o suspeito estava com o celular usado no crime nas mãos.
De acordo com o delegado, a vítima começou a negociar com o falso sequestrador em 30 de junho. A prisão foi efetuada no distrito Sete de Maio, no dia 04 de julho, 24 horas depois do início das investigações.
Os falsos sequestradores pediram R$ 180 mil à vítima e ameaçaram mandar um dedo do filho dele por dia até que o valor do resgate fosse pago. Eles também disseram que se o pai registrasse um boletim de ocorrência iriam matar o filho.
A família saiu de Apucarana com medo do que os sequestradores poderiam fazer com eles. Nas mensagens o suposto sequestrador pede R$180 mil "Paga o resgate e liberamos o menino, caso contrário vamos mandar um dedo do cara (filho) pra vocês por dia". Veja as mensagens abaixo:
Investigação-
A polícia descobriu que se tratava de um golpe quando chegaram ao suposto cativeiro e encontraram o filho deitado na cama mexendo no celular. O dono da casa também foi preso, os dois vão responder pelo crime de extorsão e podem pegar de quatro a 10 anos de prisão e multa.
Após a audiência de custódia, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) recomendou que os dois respondam em liberdade, porque o crime "não foi praticado com violência e os antecedentes dos noticiados não possuem relação" com a ação registrada.
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