A Polícia Militar (PM) conseguiu evitar que um homem fosse vítima de extorsão no golpe do falso sequestro em Apucarana, no norte do Paraná. O estelionatário queria R$5 mil para soltar a filha dele.
Conforme a PM, o homem, por volta das 4h48 desta madrugada (17/3), disse que alguém ligou e informou que havia sequestrado a filha dele, que só iria liberar a moça do cativeiro após o pagamento do resgate.
A polícia foi até a casa do pai, no centro da cidade, acalmou a vítima e repassou que tudo era um golpe. Outra equipe foi até a residência da filha e confirmou que a moça estava bem. O homem ficou muito aliviado e não chegou a depositar o valor.
No dia 6/1/2020, ex-vereador apucaranense Disnei Leugi, que tinha 77 anos, sofreu um infarto após receber a ligação de um golpista falando que a filha estava sequestrada. Para ler a reportagem, clique aqui.
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Como funciona o golpe do falso sequestro?
O telefone toca. No visor, um número desconhecido. Alguém do outro lado simula uma voz de choro e medo, chama você de mãe ou pai e diz que foi sequestrado.
Se você der sinais de que acreditou na história, outra pessoa pega o telefone, faz ameaças e diz para depositar uma quantia em determinada conta bancária. O roteiro pode variar um pouco, mas esse é o básico.
Os criminosos, muitas vezes presos, ligam de dentro da cadeia para números aleatórios até encontrar alguém que demonstre acreditar no suposto sequestro.
Nesses casos, a própria vítima começa a passar informações que ajudam o criminoso a preencher as lacunas para completar o golpe.
“Filha, é você?” ou “Patrícia, onde você está?” são reações comuns de quem recebe esse tipo de ligação. A pessoa pode até ter conhecimento de que esse tipo de golpe existe, mas é tomada pelo pânico e não percebe a fraude.
A simulação continua, e os criminosos ficam na linha até que o valor exigido seja transferido para a conta que eles passaram.
Em seguida, eles fazem outra transferência rapidamente para tirar o dinheiro daquela conta. Assim, mesmo que a vítima denuncie o golpe no banco, não é mais possível fazer o reembolso, porque o dinheiro já foi movimentado.
Outra possibilidade é a de os criminosos enviarem um motoboy à casa da vítima para receber o dinheiro e outros objetos de valor, como joias, como pagamento pelo “resgate”.
Por fim, algumas quadrilhas chegam até a obrigar as vítimas a irem a agências bancárias para sacar ou transferir os valores.
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