OAB de Apucarana alerta sobre golpe do "falso advogado"; veja como se proteger
Fraude já movimentou mais de R$ 2 bilhões em todo o país; veja
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Com prejuízos estimados em mais de R$ 2 bilhões no País, o "golpe do falso advogado" motivou uma mobilização nesta quarta-feira (19) em Apucarana (PR), organizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ato público foi realizado simultaneamente nas 49 subseções da OAB no Paraná, quando advogados orientaram a população sobre como identificar as fraudes.
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Durante a mobilização em Apucarana, a advogada Daniela Pacheco, presidente da OAB de Apucarana, explicou o modus operandi das quadrilhas. Segundo ela, os criminosos entram em contato com cidadãos que possuem processos judiciais em andamento, utilizando a foto ou logotipo do advogado real, mas a partir de um número de telefone diferente.
"Ele (golpista) começa a passar informações que são realmente do processo desse cidadão. Em um determinado momento, ele solicita depósito de valores para que seja liberado o valor que esse cidadão tem para receber", explica.
O alerta da OAB destaca a evolução tecnológica das fraudes. Além das abordagens por texto, os estelionatários passaram a utilizar inteligência artificial para clonar a voz dos advogados e solicitam, inclusive, o compartilhamento de tela do celular da vítima.
Segundo Daniela, os golpistas pedem transferências em Pix para efetivar a fraude. "Eles (golpistas) emitem uma guia e fazem a solicitação. Isso também é um alerta, porque o Pix não vai sair em nome do seu advogado, não vai sair em nome de um tribunal, mas em nome de um terceiro que eles alegam ser um assessor do advogado", assinala, citando que os criminosos também chegam a fazer empréstimos nos nomes das vítimas.
A precisão das informações apresentadas pelos golpistas é um dos fatores que mais confunde as pessoas lesadas. A advogada esclarece que esses dados reais são, muitas vezes, obtidos por hackers que vendem senhas vazadas e cruzam informações de plataformas jurídicas com telefones de clientes.
Como se proteger
A principal orientação da OAB é a desconfiança imediata diante de pedidos de urgência ou solicitações de pagamento via Pix para terceiros.
Caso o cidadão seja abordado, a recomendação é:
- Não transferir valores nem compartilhar telas;
- Desligar e ligar para o escritório do advogado no número habitual (não no número que fez o contato);
- Registrar Boletim de Ocorrência (tanto o cliente quanto o advogado, que também é vítima de falsidade ideológica);
- Denunciar no canal oficial da OAB-PR: denuncia.oabpr.org.br.
"A informação é a única forma de acabar com esse golpe. Se pedirem dinheiro com urgência para liberar um alvará, desconfie", conclui a presidente da OAB.
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